Estudo geoquímico e petrológico dos diques máficos da Região de Candeias-Campo Belo-Santo Antônio do Amparo (MG), porção meridional do Craton São Francisco

Autores

  • Paulo César Corrêa da Costa Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Maurício Antônio Carneiro Universidade Federal de Ouro Preto; Departamento de Geologia da Escola de Minas
  • Wilson Teixeira Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Vicente Antonio Vitorio Girardi Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Hermínio Arias Nalini Júnior Universidade Federal de Ouro Preto; Departamento de Geologia da Escola de Minas
  • Arildo Henrique de Oliveira Universidade Federal de Ouro Preto; Departamento de Geologia da Escola de Minas
  • Rinaldo Afrânio Fernandes Universidade Federal de Minas Gerais; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia

DOI:

https://doi.org/10.5327/S1519-874X2006000100005

Palavras-chave:

diques máficos, geoquímica, Craton São Francisco

Resumo

No Complexo Metamórfico Campo Belo, sul de Minas Gerais, ocorrem diques máficos divididos em quatro grupos em função de aspectos petrográficos, geoquímicos e tectônicos: Anfibolitos A1, Anfibolitos A2, Gabronoritos e Gabros. A grande maioria das amostras tem afinidade toleítica, porém os anfibolitos A2 e um gabronorito situam-se no campo cálcio-alcalino, sendo que alguns anfibolitos A1 e gabronoritos estão no limite dos campos. A análise dos diagramas geoquímicos mostrou que os tipos litológicos pertencem a quatro agrupamentos oriundos de magmas com diferentes graus de evolução, sendo os gabros os mais evoluídos (mg# 0,18 - 0,23), seguindo-se os gabronoritos (mg# 0,33 - 0,35), os anfibolitos A2 (mg# 0,34 - 0,37) e os anfibolitos A1 (mg# 0,24 - 0,45). Sua comparação com modelos de fusão de mantos a granada e espinélio peridotito evidenciou o enriquecimento desses magmas progenitores, especialmente o da suíte gábrica, fato atribuível à fonte mantélica enriquecida e/ou contaminação crustal. Essa comparação aliada ao comportamento geoquímico diverso desses grupos em termos de elementos maiores, menores e traços indica a improbabilidade de cogeneticidade entre si. A comparação dos padrões de elementos traços entre os diques estudados e os enxames de Salvador, Carajás e Crixás-Goiás, pertencentes respectivamente aos Cratons São Francisco, Amazônico, e ao Bloco Arqueano de Goiás, sugere ambiente intracratônico.

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Publicado

2006-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Costa, P. C. C. da, Carneiro, M. A., Teixeira, W., Girardi, V. A. V., Nalini Júnior, H. A., Oliveira, A. H. de, & Fernandes, R. A. (2006). Estudo geoquímico e petrológico dos diques máficos da Região de Candeias-Campo Belo-Santo Antônio do Amparo (MG), porção meridional do Craton São Francisco . Geologia USP. Série Científica, 5(2), 65-84. https://doi.org/10.5327/S1519-874X2006000100005