Relações Água-Rocha e a Hidrogeoquímica do Cromo na Água Subterrânea de Poços de Monitoramento Multiníveis de Urânia, SP, Brasil

Autores

  • Reginaldo Antonio Bertolo Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental
  • Leonardo Nobuo Oshima Marcolan Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental
  • Christine Laure Marie Bourotte Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874x2009000200003

Palavras-chave:

Cromo, Hidrogeoquímica, Água subterrânea, Aquífero

Resumo

Teores anômalos e naturais de cromo ocorrem nas águas subterrâneas do Aquífero Adamantina no município de Urânia (SP) e em uma ampla região do oeste do Estado de São Paulo, algumas vezes ultrapassando o limite de potabilidade (0,05 mg.L-1). Visando identificar as possíveis reações geoquímicas que justificam a ocorrência do cromo na água subterrânea em Urânia, foram realizadas perfurações com coleta de amostras contínuas de rocha para a condução de análises mineralógicas e químicas, construídos poços de monitoramento multiníveis e realizadas coletas e análises de amostras estratificadas de água subterrânea. Análises das amostras de testemunhos de sondagem indicaram a ocorrência de uma anomalia geoquímica de cromo (concentrações médias de 221 ppm), sendo o diopsídio cromífero provavelmente o mineral geoquimicamente mais reativo que contribui para esta anomalia, apresentando concentrações de cromo de 1.000 a 6.000 ppm. As análises químicas de amostras de água coletadas dos poços de monitoramento indicaram uma estratificação hidroquímica do aquífero: águas na base do aquífero apresentam pH anomalamente alcalino (superior a 10), enquanto águas mais rasas possuem pH neutro a ligeiramente ácido. O cromo ocorre predominantemente na forma hexavalente e alcança concentrações máximas de 0,13 mg.L-1. As reações geoquímicas que explicam a passagem do cromo da fase sólida para a água provavelmente envolvem a dissolução de minerais contendo Cr3+ (diopsídios), seguida de uma reação redox que oxida o Cr3+ para o Cr6+, provavelmente relacionada com a redução de óxidos de manganês presentes no aquífero. Adicionalmente, devem também ocorrer reações de adsorção, sendo que os ambientes de pH elevados favorecem a dessorção e mobilização do Cr6+ para a água

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Publicado

2009-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Bertolo, R. A., Marcolan, L. N. O., & Bourotte, C. L. M. (2009). Relações Água-Rocha e a Hidrogeoquímica do Cromo na Água Subterrânea de Poços de Monitoramento Multiníveis de Urânia, SP, Brasil . Geologia USP. Série Científica, 9(2), 47-62. https://doi.org/10.5327/Z1519-874x2009000200003