O Grupo Canastra em sua área-tipo, região de Tapira, sudoeste do estado de Minas Gerais

Autores

  • Carlos Humberto da Silva Universidade Federal de Mato Grosso; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Departamento de Geologia Geral
  • Luiz Sérgio Amarante Simões Universidade Estadual Paulista; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Departamento de Petrologia e Metalogenia
  • Wellington Leonardo Damázio Universidade Estadual Paulista; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Departamento de Petrologia e Metalogenia
  • Samuel Nunes Ferreira Vale S/A; Departamento de Desenvolvimento de Projetos Minerais
  • George Luiz Luvizotto Universidade Estadual Paulista; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Departamento de Petrologia e Metalogenia

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2012000200006

Palavras-chave:

Grupo Araxá, Grupo Bambuí, Faixa Brasília, Escamas tectônicas

Resumo

Este trabalho teve como objetivo apresentar os resultados do mapeamento geológico realizado na região de Tapira, parte Sul da Faixa Brasília. Esta região, que é a área-tipo do Grupo Canastra, mostrou grandes complexidades tectônica e estratigráfica ao contrário da simplicidade sugerida em trabalhos prévios. A partir do reconhecimento das principais descontinuidades tectônicas, foi possível subdividir a área em domínios. No oeste elas foram individualizadas em escama I, marcada por rochas pelíticas e pelítico-grafitosas com intercalações psamíticas, e II, com rochas pelíticas com intercalações psamíticas e de rochas máficas e ultramáficas, sobrepostas por gnaisses. No domínio leste, foi definido um conjunto de três escamas tectônicas, no qual, nas duas inferiores, predominam rochas pelíticas e pelítico-grafitosas com intercalações de rochas psamíticas; diferindo-se nas condições metamórficas, a inferior é marcada por associações mineralógicas contendo muscovita + clorita + quartzo ± grafita ± albita, sem biotita e a superior com muscovita + quartzo + granada ± clorita ± biotita ± cloritoide ± grafita ± albita. Na escama superior ocorrem rochas pelíticas com contribuições localizadas de rochas psamíticas e ultramáficas. No domínio sul, ocorre basicamente rochas psamíticas, com contribuições de rochas pelíticas e rudáceas, na quais é comum a preservação de texturas e estruturas sedimentares. As rochas dos vários domínios são interpretadas como parte de uma bacia de margem continental passiva, situada na margem ocidental do paleocontinente São Francisco. Neste contexto, as rochas do domínio sul representariam a fácies de plataforma proximal; as rochas das escamas inferior e intermediária (domínio leste) e da escama I (domínio oeste) são de fácies de plataforma distal; e aquelas da escama superior (domínio leste) e da II (domínio oeste) são reconhecidas como depositadas em um ambiente de talude continental e/ou fundo oceânico.

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Publicado

2012-08-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Silva, C. H. da, Simões, L. S. A., Damázio, W. L., Ferreira, S. N., & Luvizotto, G. L. (2012). O Grupo Canastra em sua área-tipo, região de Tapira, sudoeste do estado de Minas Gerais . Geologia USP. Série Científica, 12(2), 83-98. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2012000200006