Turmalinitos do Grupo Brusque na região entre São João Batista e Tijucas, Santa Catarina, Brasil

Autores

  • Gianna Maria Garda Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Fabio Brentan Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Miguel Angelo Stipp Basei Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2013000100005

Palavras-chave:

Cinturão Dom Feliciano, Grupo Brusque, Turmalinitos

Resumo

O Cinturão Dom Feliciano no Estado de Santa Catarina é representado pelos grupos Itajaí e Brusque e o Batólito Florianópolis. A Formação Rio do Oliveira, basal do Grupo Brusque, constitui-se de unidades metabásicas/cálcio-silicáticas, metavulcânicas-exalativas, metapelíticas e metapsamíticas. Uma sequência descontínua de turmalinitos integrante da unidade metavulcânica-exalativa estende-se desde São João Batista até Tijucas. Dois tipos de turmalinitos foram distintos e denominados Rio do Oliveira e Morro do Carneiro. O primeiro é muito fino, bandado e composto por turmalina amarela-esverdeada ou castanha. O segundo é mais grosso, de textura maciça a levemente foliada, e formado por turmalina zonada. Análises por microssonda eletrônica e laser ablation-ICPMS mostraram que a turmalina do Rio do Oliveira é mais rica em Al, álcalis e mais pobre em Ti, Mg, Fe and Ca quando comparada com a do Morro do Carneiro. Os turmalinitos do Rio do Oliveira formaram-se por substituição seletiva de sedimentos pelíticos e psammíticos resultante da percolação de fluidos ricos em boro pela unidade vulcano-sedimentar durante a diagênese e metamorfismo. A turmalina do Morro do Carneiro possui núcleos detríticos e bordas mais ricas em Mg, Fe, Ti, Mn, Sr, Co e Ca que a turmalina do Rio do Oliveira. Uma zona intermediária escura é mais rica em Ti e Fe. O aumento brusco em Ca do núcleo para a borda pode ter resultado do equilíbrio com o ambiente circunvizinho rico em Ca (rochas cálcio-silicáticas subjacentes). Mesmo que os padrões definidos pelos ETR para as turmalinas do Rio do Oliveira e do Morro do Carneiro sejam praticamente idênticos, propõe-se que os fluidos formadores do turmalinito do Morro do Carneiro possam também ter tido origem metassomática/ígnea.

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Publicado

2013-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Garda, G. M., Brentan, F., & Basei, M. A. S. (2013). Turmalinitos do Grupo Brusque na região entre São João Batista e Tijucas, Santa Catarina, Brasil . Geologia USP. Série Científica, 13(1), 73-94. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2013000100005