O cinturão epidérmico de antepaís da Bacia de Irecê, Cráton do São Francisco: principais elementos estruturais e modelagem física analógica

Autores

  • Humberto Luis Siqueira Reis Universidade Federal de Ouro Preto; Escola de Minas; Departamento de Geologia
  • Caroline Janette Souza Gomes Universidade Federal de Ouro Preto; Escola de Minas; Departamento de Geologia
  • Daniel Galvão Carnier Fragoso Universidade Petrobras; Escola de Ciências e Tecnologia de Exploração e Produção
  • Matheus Kuchenbecker Universidade Federal de Minas Gerais; Instituto de Geociências; Centro de Pesquisa Professor Manoel Teixeira da Costa

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X201300040007

Resumo

Localizada na porção central do estado da Bahia, a Bacia de Irecê exibe as mais significativas exposições de coberturas neoproterozoicas da porção norte do Cráton do São Francisco. Apesar da grande quantidade de estudos geológicos ali realizados, restam ainda várias questões em aberto, em especial no que tange à evolução tectônica do cinturão epidérmico de antepaís que envolve as rochas da bacia. No sentido de contribuir para o entendimento de tal evolução, este trabalho revisa os principais elementos estruturais da bacia e adjacências e apresenta novos dados adquiridos por meio de modelo físico-analógico em caixa de areia. O cinturão epidérmico de antepaís da Bacia de Irecê corresponde a uma grande feição curva confinada ao longo do sinclinal homônimo e tem sua formação atribuída ao fechamento das faixas marginais do setor norte do Cráton do São Francisco. Seu desenvolvimento foi condicionado por um vetor tectônico N-S, responsável pela nucleação de dobras e falhas E-W. Nas bordas da bacia, a deformação é acomodada através de falhas direcionais responsáveis pela rotação geral das estruturas. Para o sul, o cinturão perde gradativamente sua expressividade, ocorrendo apenas as estruturas geradas previamente durante o desenvolvimento do Sistema de Dobras e Empurrões da Chapada Diamantina. O modelo físico-analógico em caixa de areia simulou com sucesso o desenvolvimento do Cinturão de Antepaís da Bacia de Irecê e indica que sua curvatura em planta resulta da interação com as bordas do sinclinal e da própria curvatura do substrato. A propagação deu-se por meio de um descolamento com baixo coeficiente de atrito, provavelmente condicionado pelo contraste reológico entre as unidades carbonáticas do Grupo Una e o substrato quartzítico do Supergrupo Espinhaço.

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Publicado

2013-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Reis, H. L. S., Gomes, C. J. S., Fragoso, D. G. C., & Kuchenbecker, M. (2013). O cinturão epidérmico de antepaís da Bacia de Irecê, Cráton do São Francisco: principais elementos estruturais e modelagem física analógica . Geologia USP. Série Científica, 13(4), 125-139. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X201300040007