Evolução estrutural dos Granitoides Arroio Divisa durante o movimento transcorrente da Zona de Cisalhamento Quitéria-Serra do Erval, Rio Grande do Sul

Autores

  • Evelin Roberta Schnorr Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Geociências
  • Maria de Fátima Bitencourt Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Geociências http://orcid.org/0000-0001-7022-9175

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v19-140196

Palavras-chave:

Magmatismo granítico, Sintectônico, Zona de cisalhamento transcorrente, Deformação sin-magmática

Resumo

Os Granitoides Arroio Divisa (GAD) compreendem uma associação de rochas predominantemente granodioríticas, com termos dioríticos e tonalíticos em menor expressão. Apresentam textura heterogranular média a grossa e são sempre foliadas. Suas estruturas sugerem posicionamento em zona de cisalhamento dúctil correlacionada ao Cinturão de Cisalhamento Sul-brasileiro (CCSb), de idade neoproterozoica. Essas rochas registram cristalização com concomitante história deformacional sob condições de temperatura decrescente, evidenciada pela sobreposição concordante de estruturas magmáticas por estruturas de deformação de estado sólido em temperatura decrescente. A distribuição da deformação se dá de forma heterogênea ao longo da intrusão, gerando-se zonas de baixa e alta deformação inicialmente magmáticas e progredindo para o estado sólido. Nas porções internas do corpo intrusivo predominam estruturas de fluxo em que o alinhamento preferencial de forma é dominante, e a deformação interna dos marcadores é pouco desenvolvida. Em direção à borda norte da intrusão, a morfologia dessas estruturas progride por aumento na intensidade da deformação, com a geração de uma foliação fortemente milonítica paralela à trama magmática. Feições microestruturais de alta temperatura incluem o desenvolvimento de subgrãos em padrão tabuleiro de xadrez no quartzo, “e a geração de subgrãos grandes em cristais de K-feldspato e plagioclásio, que são compatíveis com temperaturas da fácies anfibolito superior e com a temperatura solidus de composições granítcas. As feições microestruturais de baixa temperatura consistem na recristalização dos cristais de quartzo por bulging, na neoformação de grãos finos ao redor dos cristais de feldspatos e no desenvolvimento de pertitas em chamas no K-feldspato, compatíveis com temperaturas da fácies xisto verde, bem abaixo da solidus. Portanto, as microestruturas de alta temperatura estariam associadas aos estágios iniciais de resfriamento

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Biografia do Autor

  • Maria de Fátima Bitencourt, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Geociências

    Professora Titular do Departamento de Geologia da UFRGS, pesquisadora do Centro de Estudos em Petrologia e Geoquímica (CPGq/ UFRGS), Docente Permanente do Programa de Pós-graduação em Geociências (PPGGEO) da UFRGS, e líder do Grupo de Pesquisas do CNPq Magmatismo Sintectônico. Atualmente orienta estudantes de doutorado, mestrado e graduação no PPGGEO/UFRGS. Atua como coordenadora do Programa de Mapeamento Geológico Básico da UFRGS.

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Publicado

2019-10-02

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Evolução estrutural dos Granitoides Arroio Divisa durante o movimento transcorrente da Zona de Cisalhamento Quitéria-Serra do Erval, Rio Grande do Sul. (2019). Geologia USP. Série Científica, 19(3), 185-204. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v19-140196