Geologia, controle estrutural e mineralogia do escarnito mineralizado em ouro e tungstênio da Mina Bonfim-II, Província Borborema, Rio Grande do Norte, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v19-151883

Palavras-chave:

Escarnito, Bonfim, Scheelita, Ouro, Fraturas, Prehnita

Resumo

A Mina Bonfim é caracterizada por camadas de mármores em contato com flogopita xistos subjacentes, ao longo do qual se desenvolveu o escarnito rico em tungstênio e ouro, disposto seguindo a orientação N10ºE/30ºSE, cisalhado e estruturado sob a forma de boudins, em baixo ângulo de caimento (12º) ao longo da direção N10ºE. A scheelita encontra-se nos boudins, associando-se à molibdenita, ambas sendo formadas sob condições sin-tectônicas dúcteis, consistindo na primeira fase de mineralização. O ouro encontra-se em fraturas de cisalhamento tardias, com orientação N70oW/75ºSW, que seccionam e deslocam o escarnito scheelitífero. As fraturas são preenchidas por prehnita (ganga), ouro e minerais de bismuto, indicando que a precipitação do ouro ocorreu na fácies prehnita-pumpelliyta, sob regime dúctil-rúptil, que corresponde à segunda fase de mineralização. O ouro é rico em prata com até 16,09%Ag, e suas formas de ocorrência são: livre na ganga, em fraturas ou em contato com bismuto, bismutinita e joseíta, constituindo a paragênese aurífera. Grãos de ouro exibem bismuto na composição, podendo chegar a 0,44%Bi. O minério está hospedado em escarnito reduzido, gerado em estágios progressivo e retrogressivo, produto do metassomatismo em mármores alterados por fluidos carreados ao longo de estruturas.

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Publicado

2019-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pereira, E. H. R., Botelho, N. F., Oliveira, C. G. de, & Santos, E. V. dos. (2019). Geologia, controle estrutural e mineralogia do escarnito mineralizado em ouro e tungstênio da Mina Bonfim-II, Província Borborema, Rio Grande do Norte, Brasil. Geologia USP. Série Científica, 19(4), 99-120. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v19-151883