A Memória Como Forma de Justiça no Pensamento de Paul Ricoeur e Tzvetan Todorov

Autores

  • Rita Mattar Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2012.106209

Palavras-chave:

Memória, história, dever de memória, abuso da memória, justiça.

Resumo

O artigo procura mostrar que a memória não se confunde com a história, ainda que ambas resguardem em comum a problemática da representação de um objeto ausente. Diante desta distinção, procura evidenciar a força e a fragilidade específicas da memória, ambas se realizando num plano eminentemente político, no qual se entrevê uma clara dimensão moral, preocupada não apenas com a busca da verdade, mas com o uso a ser feito de uma dada narrativa memorial. É esta segunda dimensão prática que, abrindo espaço para a analogia e generalização, procura resgatar o discurso memorial de seu ponto de partida multiculturalista. Apresenta-se assim uma via de universalização do particular que supera a mera afirmação identitária por meio da forma específica de memória que Todorov chama justiça.

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Biografia do Autor

  • Rita Mattar, Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito
    Graduanda em Direito pela USP.

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Publicado

2012-12-09

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

A Memória Como Forma de Justiça no Pensamento de Paul Ricoeur e Tzvetan Todorov. (2012). Humanidades Em diálogo, 4(2), 105-124. https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2012.106209