As mulheres nos movimentos sociais de moradia: a cidade sob uma perspectiva de gênero

Autores

  • Amanda Paulista Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2013.106242

Palavras-chave:

movimentos sociais de moradia – divisão sexual do trabalho – feminismo e cidade

Resumo

O presente trabalho propõe-se a analisar questões relacionadas à presença de mulheres organizando, participando e liderando movimentos sociais populares que reivindicam moradia. Verifica-se que tal presença é acentuada nessas formas de organização e, diante deste fato, serão levantadas hipóteses de fatores que influenciem essa participação. O principal fator a ser considerado são as relações sociais provenientes da divisão sexual do trabalho, cuja reprodução reserva socialmente às mulheres o espaço privado – ou seja, o espaço do lar –, a partir da imposição do trabalho doméstico e de cuidados ao sexo feminino. Também será apontado como a participação das mulheres nos movimentos populares contribui para seu empoderamento e de que maneira isso pode refletir no planejamento de políticas públicas voltadas às mulheres.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Amanda Paulista, Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

    Graduanda em Direito pela Universidade de São Paulo.

Referências

ALFONSIN, Betânia de Moraes. Cidade para todos/cidade para todas: vendo a cidade através do olhar das mulheres. In: ______; FERNANDES, Edésio (Org.). Direito urbanístico: estudos brasileiros e internacionais. Belo Horizonte: Editora Del Rey, 2006.

ATAL, J. P.; ÑOPO, H.; WINDER, N. Novo século, velhas desigualdades: diferenças salariais de gênero e etnia na América Latina. Disponível em: <http://idbdocs.iadb.org/wsdocs/getdocument.aspx?docnum=2208929>. Acesso em: 25 mar. 2013.

BARBOSA, Maria de Lourdes da Silva; OLIVEIRA, Maria Letícia. O cajueiro amigo: reflexões sobre o impacto dos despejos na vida das mulheres. In: GOUVEIA, Taciana (Org.). Ser, fazer e acontecer: mulheres e o direito à cidade. Recife: SOS Corpo, 2008.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: fatos e mitos. São Paulo: Círculo do Livro, 1949.

BLOCH, Janaina Aliano. Direito à moradia: um estudo dos movimentos de luta pela moradia no centro de São Paulo. São Paulo: USP, 2007. Dissertação de mestrado em Sociologia, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo: Global, 1989.

FERREIRA, Regina Fátima C. F. Plataforma feminista da reforma urbana: do que estamos falando?”. In: GOUVEIA, Taciana (Org.). Ser, fazer e acontecer: mulheres e o direito à cidade. Recife: SOS Corpo, 2008.

FIX, Mariana. Parceiros da exclusão. São Paulo: Boitempo Editorial, 2001.

FREITAS, Taís Viudes; GODINHO, Tatau. Divisão sexual do trabalho e mercado de trabalho brasileiro. Revista do Dandara, São Paulo, n. 1, p. 31-35, 2012.

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Mulheres, trabalho e família – versão 2007. Disponível em: <http://www.fcc.org.br/bdmulheres/download/Trabalho_e_Familia_2007.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2013.

GODINHO, Tatau. Feminismo, prática política e luta social. In: PAPA, Fernanda; JORGE, Flávio. O feminismo é uma prática: reflexões com mulheres jovens do PT. São Paulo: Fundação Friedrich Ebert, 2008.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais e luta pela moradia. São Paulo: Edições Loyola, 1991.

GONZAGA, Terezinha. As mulheres constroem a cidade no seu cotidiano. In: Projeto Promotoras Legais Populares: leituras complementares.

______. Mulheres, cidade e política. Revista do Dandara, São Paulo, n. 1, p. 59-61, 2012.

HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2006.

______. O trabalho, o capital e o conflito em torno do ambiente construído nas sociedades capitalistas avançadas. Espaço e Debates, São Paulo, n. 6, p. 6-35, 1982.

KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e as relações sociais de sexo. In: Dictionnaire critique du féminisme. Paris: Ed. Presses Universitaires de France, 2000.

LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro Editora, 2009.

MARICATO, Ermínia. As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias. In: ______; ARANTES, Otília; VAINER, Carlos. AcCidade do pensamento único: desmanchando consensos. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2000.

PINTO, Emanuelle Chaves. Mulheres chefe de família e espaço urbano. In: LEAL, Suely; LACERDA, Norma. Novos padrões de acumulação urbana na produção do habitat: olhares cruzados. Pernambuco: UFPE, 2009.

ROLNIK, Raquel. Moradia é mais que um objeto físico de quatro paredes. Disponível em:<http://www.observatoriodasmetropoles.net/download/emetropolis_n05.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2011.

SAULE JUNIOR, Nelson. Instrumentos de monitoramento do direito humano à moradia adequada. In: ALFONSIN, Betânia de Moraes; FERNANDES, Edésio (Org.). Direito urbanístico: estudos brasileiros e internacionais. Belo Horizonte: Editora Del Rey, 2006.

TAVARES, Rossana Brandão. Forma urbana e relações de gênero. In: GOUVEIA, Taciana (Org.). Ser, fazer e acontecer: mulheres e o direito à cidade. Recife: SOS Corpo, 2008.

Downloads

Publicado

2013-11-23

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

As mulheres nos movimentos sociais de moradia: a cidade sob uma perspectiva de gênero. (2013). Humanidades Em diálogo, 5, 93-108. https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2013.106242