A crítica radical de Espinosa como autoproblematização

Autores

  • Dario Galvão Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2013.106247

Palavras-chave:

Espinosa – Ética – autoproblematização

Resumo

Pode-se ler que, em sua principal obra, a Ética: demonstrada segundo a ordem geométrica, Espinosa se vê obrigado a explicar como é possível a ideia da transcendência se originar do mundo da absoluta imanência. O problema central abordado neste trabalho é colocado com a inversão dessa pergunta: como, no seio de um mundo transcendente, ou seja, um mundo que toma a transcendência como princípio fundamental de explicação da vida em sua totalidade, faz-se possível surgir a ideia da imanência, seu oposto e contraditório? Dessa forma, buscamos compreender as condições de possibilidade da crítica radical espinosana à tradição. Para isso, procura-se fazer um exame dos elementos constitutivos desse movimento crítico, com o qual veremos a necessidade de ser considerada a experiência, a partir da ideia de autoproblematização, para um entendimento mais rico da questão.

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Biografia do Autor

  • Dario Galvão, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Graduando em Filosofia pela FFLCH – Universidade de São Paulo.

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Publicado

2013-11-23

Edição

Seção

Academia

Como Citar

A crítica radical de Espinosa como autoproblematização. (2013). Humanidades Em diálogo, 5, 169-184. https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2013.106247