Nietzsche e ateísmo científico

Autores

  • Rogério de Souza Teza Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2014.106263

Palavras-chave:

Nietzsche – Ateísmo – Ciência – Positivismo

Resumo

O objetivo do presente artigo é, a partir das obras de Nietzsche, verificar sua ousada tese de ateísmo, mais profundo e mais radical do que o ateísmo dos modernos e dos iluministas, precursores das ciências positivas do século XIX. Propomos, então, que Nietzsche se dirigiria aos cientistas quando anuncia a “morte de Deus” em A gaia ciência. Para além de uma ciência sem Deus, analisamos consequências da desvalorização de todos os valores na busca pelo conhecimento prático, como empreendido pelos primeiros positivistas. Assim chegamos ao terreno da ciência niilista, onde aparentemente nenhuma ciência positiva teria lugar, em busca de abrir espaço para a proposição de uma nova prática científica.

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Biografia do Autor

  • Rogério de Souza Teza, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
    Graduando em Filosofia pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

2014-11-08

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Seção

Academia

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