A Ditadura Militar na Argentina (1976-1983): o aparato repressivo e a Justiça de Transição

Autores

  • Heloísa Cristina Ribeiro Universidade Federal do ABC

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2021.159255

Palavras-chave:

Ditadura Militar da Argentina, Justiça de Transição, Verdade, Teoria dos dois demônios, Sociedade Civil

Resumo

Em 1976, a Argentina sofreu um golpe de Estado orquestrado pelos militares com apoio de setores da sociedade civil, em que é instaurado um regime do terror em defesa dos “valores ocidentais”. Tendo em vista os processos históricos anteriores ao golpe, o presente artigo contextualiza a natureza do regime ditatorial da Argentina e as práticas repressivas, que incluem a tortura, o roubo de bebês e o ocultamento de cadáveres, e apresenta a transição para o regime democrático após 1983. Através de uma comparação entre as bibliografias produzidas sobre a busca por verdade e por justiça na Argentina, busca-se tecer uma análise crítica sobre a Justiça de Transição do país, apresentando as contribuições da experiência argentina para o cenário global, em que a atuação da sociedade civil possui grande importância, e as limitações do processo.

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Biografia do Autor

  • Heloísa Cristina Ribeiro, Universidade Federal do ABC

    Graduanda em Ciências e Humanidades e em Relações Internacionais pela Universidade Federal do ABC (UFABC).

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Publicado

2021-04-14

Edição

Seção

Academia

Como Citar

A Ditadura Militar na Argentina (1976-1983): o aparato repressivo e a Justiça de Transição. (2021). Humanidades Em diálogo, 10, 100-115. https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2021.159255