A Cena das Minas: dinâmicas de gênero nas cenas musicais do Punk e do Hardcore em São Paulo

Autores

  • Letícia Nogueira Sousa Universidade Federal do ABC

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2021.159337

Palavras-chave:

Cenas Musicais, Identidade, Gênero, Punk, Hardcore

Resumo

Tendo em vista a história do punk e hardcore em São Paulo, bem como as transformações ocorridas na contemporaneidade diante de um cenário de manifestação e contestação cada vez maior em torno das demandas sobre as questões de gênero, esse artigo pretende examinar a cena musical que se estrutura em torno do evento Maria Bonita Fest, festival cultural realizado por mulheres ligadas ao punk e ao hardcore em São Paulo. A partir desse estudo de caso, tenta-se compreender como as cenas punk e hardcore, que se pretendiam contestadoras em sua origem, acabam por reproduzir estruturas de opressão da sociedade. Nesse sentido, a proposta é perceber como as mulheres e outros grupos subalternizados são incorporados (ou não) nesses espaços, e quais são as estratégias possíveis desenvolvidas por esses grupos a fim de reivindicarem um lugar dentro desses movimentos, formando uma cena das “minas”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Letícia Nogueira Sousa, Universidade Federal do ABC

Graduanda no Bacharelado em Ciências e Humanidades do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do ABC.

Referências

BESSA, R. Racismo e Privilégio Branco no Hardcore-punk. Medium, 2014. Disponível em: https://medium.com/@rafaelxvx/racismo-e-privilegio-branco-no-hardcore-d34ec6fb18f6. Acesso em: 31 jul. 2018.

BIVAR, A. O que é punk. São Paulo: Brasiliense, 1982.

CAIAFA, J. Movimento Punk na Cidade: A invasão dos bandos sub. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ldta, 1985.

CSAPO, A. P. BELAS DONAS: Meninas Na Cena Punk. 2004, 19 min.

FILHO, J.C.; JANOTTI JUNIOR, J. A música popular massiva, o mainstream e o underground- Trajetórias e caminhos da música na cultura midiática. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, UnB, p. 1-14, set, 2006. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R1409-1.pdf. Acesso em: 15 jul. 2018.

GUMES, N. V. C. Música – marcas sonoras juvenis. In: XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Porto Alegre, Intercom, 2004. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/154695334944210728619242571716276375905.pdf. Acesso em: 17 ago. 2018.

JANOTTI JUNIOR, J. S. Entrevista – Will Straw e a importância da ideia de cenas musicais nos estudos de música e comunicação. Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação/ E-compós, Brasilia, v. 15, n. 2, mai./ago. 2012. Disponível em: http://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/812. Acesso em: 31 jul. 2018.

JUNIOR, D. S.; ROSSETTI, R. Distorções midiáticas do movimento Punk em tempo de autoritarismo político. Revista do Programa de Pós-graduação em Comunicação, UFJF, vol. 9, n. 2, p.1-20, dez, 2015. Disponível em: http://ojs2.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/21197. Acesso em: 30. Jan.2019

KEMP, K. Grupos de estilo jovens: O "Rock Underground" e as práticas (contra) culturais dos grupos "punk" e thrash" em São Paulo. Unicamp, dez. 1993.

LOURO, G. L. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, online, v. 19, n. 2, p. 17-23, mai./ago. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pp/v19n2/a03v19n2.pdf. Acesso em: jul. 2018.

MARQUES, G. M. As artes de resistir: mulheres na cena anarcopunk (1990-2002). XXVII- Simpósio Nacional de História- Conhecimento histórico e dialogo social, Natal, p. 1-16, jul. 2013. Disponível em: http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364774184_ARQUIVO_TextoAnpuh-marques.pdf. Acesso em: 15 jul. 2018.

MÉLLO, R. P. Corpos, Heteronormatividade e Performances Híbridas. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v. 24, n. 1, p. 197-207, jan./abr. 2012. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/19382. Acesso em: 12 ago. 2018.

MOREIRA, G. BOTINADA: A origem do punk no Brasil. 2006, 110 min.

NETO, N. T. Enterrado Vivo: Identidade punk e território em Londrina. São Paulo: Editora UNESP, 2004

PHILLIPS, S. Can we talk about white superiority and racism in Punk?. The Multicultural Politic, 2013. Disponível em: http://www.tmponline.org/2013/09/03/race-punk-music/. Acesso em: 01 ago. 2018.

RIBEIRO, E. Uma História Oral do Dominatrix. VICE, 2017. Disponível em: https://www.vice.com/pt_br/article/vbb7ey/dominatrix-historia-oral

RIBEIRO, J. K. A.; COSTA, J. C.; SANTIAGO, I. M. F. L. Um jeito diferente e “novo” de ser feminista: em cena, o riot.grrrl. Revista Ártemis, Edição V. 13; p.222-240, jan./jul, 2012. Disponível em: http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/viewFile/14226/8154. Acesso em: 28, jan, 2019.

SHRODES, A. The ‘Race Riot’ Within and Without ‘The Grrrl One’; Ethnoracial Grrrl Zines’ Tactical Construction of Space. The Department of English University of Michigan, 2012. Disponível em: https://deepblue.lib.umich.edu/handle/2027.42/96647. Acesso em: 27 fev. 2019.

Unleashed Noise Records: Entrevista 05 - Punho de Mahin. 2018, 38 min. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YVs7RFLS2BA.

URIARTE, U. M. O que é fazer etnografia para os antropólogos. Ponto Urbe Revista do núcleo de antropologia urbana da USP, online, n. 11, p. 1-14, 2011. Disponível em:https://journals.openedition.org/pontourbe/300. Acesso em: 23 jul. 2018.

VIEIRA. T. A defesa da legitimidade suburbana do punk nacional nos estudos da década de 1980. Revista Sapiência: Sociedade, Saberes e Práticas Educacionais – UEG/Campus Iporá, Goiás, v.5, n.2, p.109-122, ago./dez., 2016. Disponível em: http://www.revista.ueg.br/index.php/sapiencia/article/view/5938/4122.Acesso em: 25 jan. 2019.

WELLER, W. A presença feminina nas (sub)culturas juvenis: a arte de se tornar visível. Rev. Estud. Fem, Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 107-126, abri. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2005000100008&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 23 jan. 2019.

Downloads

Publicado

2021-04-14

Como Citar

Sousa, L. N. (2021). A Cena das Minas: dinâmicas de gênero nas cenas musicais do Punk e do Hardcore em São Paulo. Humanidades Em diálogo, 10, 177-193. https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2021.159337

Edição

Seção

Academia