A influência da frenologia no Instituto Histórico de Paris: raça e história durante a Monarquia de Julho (1830-1848)

Autores

  • Cristian Cláudio Quinteiro Macedo Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Departamento de História

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2016.113338

Palavras-chave:

Frenologia – Racismo – Instituto Histórico de Paris

Resumo

A historiografia aponta a segunda metade do século XIX como período definidor do racismo científico. Todavia, os primeiros cinquenta anos dos mil e oitocentos produzem diversas disciplinas responsáveis pela gestação do ideário racial que eclodiria mais tarde. A frenologia é uma delas. O presente artigo aponta alguns elementos que demarcam a influência desta “ciência” durante o período conhecido como Monarquia de Julho em uma das principais instituições francesas que se ocupava com a história: o Instituto Histórico de Paris.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Cristian Cláudio Quinteiro Macedo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Departamento de História

    Graduando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Referências

ARREGUY, Marília Etienne. A leitura das emoções e o comportamento violento mapeado no cérebro. Physis Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: IMS-UERJ, no 20, 2010, p. 1.267-1.292.

BALZAC, Honoré. A prima Bete. In: Idem. A comédia humana, vol. X. São Paulo: Globo, 1990, p. 23-409.

__________. Oeuvres complètes: Lacomédiehumaine; Étudesde moeurs; Scènesde lavieprivée, vol. 1. Paris: Michel Lévy Frères éditeurs, 1869.

__________. Autre étude de femme. In: Oeuvres illustrées de Balzac. Paris: Marescq e J. Bry Ainé, 1832, p. 71-80.

BANTON, Michel. A ideia de raça. Lisboa: Edições 70, 1977.

BROUSSAIS, Casimir. Introduction. Journal de l’Institut Historique, vol. 1. Paris: P. Bandouin, 1834, p. 1-3.

BROUSSAIS, François-Joseph-Victor. Cours de Phrénologie. Paris: J. B. Bailliere, 1836.

CARRARO, Elaine Cristina. O Instituto Histórico de Paris e a regeneração moral da sociedade. Dissertação de mestrado, Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP, Campinas, 2002.

CONGRÈS HISTORIQUE EUROPEEN, reuni a Paris, au nom de l’Institut Historique. Paris: P. H. Krabe, 1836.

COURTET, Alexandre Victor. De l’influence des races humaines, sur la forme et le développement des sociétés. Journal de l’Institut Historique, vol. 2. Paris: P. Baudouin, 1835, p. 225-237.

CHAVAGNES, L. de. Le Brésil en 1844. Revue des Deux Mondes. Paris: H. Fournier et Cie, 1844, p. 66-106 e p. 849-909.

DEBRET, Jean-Baptiste. Moeurs e usages des brésiliens civilisés. Journal de l’Institut Historique, vol. 1. Paris: P. Baudouix, 1834, p. 170-172.

EXTRAITS des procès-verbaux des assemblées générales et des séances de classes de l’Institut Historique. Journaldel’Institut Historique, vol. 2. Paris: P. Baudouin, 1835, p. 304-308.

FARIA, Maria Alice de Oliveira. Brasileiros no Instituto Histórico de Paris. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1970.

__________. Monglave e o Instituto Histórico de Paris. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo, USP, no 2, 1967, p. 43-53.

GRAPIN, Pierre. La antropología criminal. Barcelona: Oikos-tau, 1973.

GUIMARÃES, Manoel Luís Salgado. Entre amadorismo e profissionalismo: as tensões da prática histórica no século XIX. Topoi. Rio de Janeiro, vol. 3, 2002, p. 184-200.

HARTLEY, Lucy. Physiognomyandthe meaningofexpression in nineteenth-century culture. Nova York: Cambridge University Press, 2005.

HOFBAUER, Andreas. Uma história de branqueamento ou o negro em questão. São Paulo: Unesp, 2006.

KARDEC, Allan. Phrénologie spiritualiste et spirite: Perfectibilité de la race nègre. Revue Spirite. Paris: Cosson et Cie, 1862, p. 97-105.

__________. Théorie de la beauté. Revue Spirite. Paris: Caisse Générale, 1869, p. 226-234.

LA CORBIÈRE, Jean-Baptiste Beunaiche de. Réponseauxobjections faites a laphrénologie, au sein du Congrès Historique. Paris: imprimeirie de Pihan-Delaforest, [s. d.].

MATEO, David Nofre i. En els marges de la ciència? Frenologia i mesmerisme en una cultura industrial, Barcelona1842-1845. Barcelona: Universitat Autònoma de Barcelona, 2004.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Face do criminoso. Ciência e Vida Psique. São Paulo: Escala, no 65, [s. d.], p. 24-31.

POLIAKOV, Léon. O mito Ariano. São Paulo: Perspectiva, 1974.

PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

RIVAIL, Hippolyte Léon Denizard. Discurso pronunciado na distribuição de prêmios do 14 de agosto de 1834. In: Textos pedagógicos. São Paulo: Comenius, 1998.

ROBB, Graham. Balzac: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

SANTINI, Emmanuel-Napoléon. Traité de phrénologie. Paris: Le Bailly, [18--].

SOCIETES savants: société phrénologique de Paris. In: Encyclographie des sciences médicales, tomo VII. Paris: Société Encyclographique, 1843, p. 154.

SOLER, Mariano Cubí i. Lecciones de frenolojia. Barcelona: Castaños, 1853.

Downloads

Publicado

2016-03-26

Edição

Seção

Academia

Como Citar

A influência da frenologia no Instituto Histórico de Paris: raça e história durante a Monarquia de Julho (1830-1848). (2016). Humanidades Em diálogo, 7, 127-145. https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2016.113338