Distribuição espacial da violência doméstica contra a mulher

Autores

  • Barbara Meira de Oliveira Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)
  • Kerle Dayana Tavares de Lucena Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Trapiche da Barra, Maceió (AL)
  • Renata Grigório Silva Gomes Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)
  • Hemílio Fernandes Campos Coêlho Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)
  • Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)
  • Roseana Maria Barbosa Meira Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)/Universidade de Brasília (UNB) – Brasília (DF), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.152305

Palavras-chave:

violência contra a mulher, identidade de gênero, Geoprocessamento

Resumo

Introdução: A violência contra a mulher é motivada por meio da dominação existente nas relações de poder, entre elas a masculina sobre a feminina, definida como ação violenta que possa gerar lesões ou sofrimentos no âmbito físico, sexual ou mental, além de intimidações, privações do direito à liberdade ou coerções realizadas dentro e fora de casa. Esse agravo vem crescendo cada vez mais no mundo inteiro, merecendo ser discutido e combatido no âmbito das políticas públicas.

Objetivo: Analisar a distribuição espacial da violência doméstica contra a mulher no município de João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Método: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, do tipo censo, que analisou todos os casos denunciados de violência doméstica contra a mulher e que residissem no município, cenário do estudo, no ano de 2017. A fonte de dados foi do tipo secundária, nas duas Delegacias Especializadas de Atendimento da Mulher – DEAM, presentes no município.

Resultados: Observou-se padrões espaciais da violência doméstica contra a mulher, como também aglomerados por toda a capital, desde os bairros considerados mais nobres, até os que vivem à margem da sociedade, comprovando que essa violência não tem distinção de classe.

Conclusão: O estudo atingiu o objetivo proposto analisando a distribuição espacial da violência doméstica no cenário da pesquisa a partir dos padrões espaciais.

Biografia do Autor

  • Barbara Meira de Oliveira, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)

    Departamento de estatística (UFPB). Pós-graduação em Modelos de Decisão em Saúde (UFPB).

     

  • Kerle Dayana Tavares de Lucena, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Trapiche da Barra, Maceió (AL)

    Centro de Ciências Integradoras (UNCISAL).

    Pós-graduação em Modelos de Decisão em Saúde (UFPB)

     

  • Renata Grigório Silva Gomes, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)

    Departamento de estatística (UFPB). Pós-graduação em Modelos de Decisão em Saúde (UFPB)

     

  • Hemílio Fernandes Campos Coêlho, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)

    Departamento de estatística (UFPB). Pós-graduação em Modelos de Decisão em Saúde (UFPB).

     

  • Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)

    Departamento de estatística (UFPB). Pós-graduação em Modelos de Decisão em Saúde (UFPB).

     

  • Roseana Maria Barbosa Meira, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Castelo Branco III, João Pessoa (PB)/Universidade de Brasília (UNB) – Brasília (DF), Brasil

    Departamento de Ciências farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde (UFPB).

    Doutora pela Universidade de Brasília.

     

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Publicado

2019-05-06

Edição

Seção

Artigos Originais