Tendências da mortalidade em mulheres brasileiras no climatério

Autores

  • Ana Carolina Basso Schmitt Universidade São Judas Tadeu
  • Maria Regina Alves Cardoso Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • José Mendes Aldrighi Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento Saúde Materno-Infantil

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19861

Palavras-chave:

Mortalidade, saúde da mulher, epidemiologia

Resumo

Há poucos estudos sobre mortalidade feminina durante o climatério, em especial no Brasil. O objetivo deste estudo foi analisar a tendência de mortalidade em mulheres de 35 a 64 anos no Brasil nos últimos anos. Para tanto, foram coletados os dados de mortalidade do Sistema de Informações de Mortalidade do Datasus, Ministério da Saúde, para o período de 1979 a 2004. Para análise, foram calculados os coeficientes específicos de mortalidade por idade e causa para os dez capítulos da Classificação Internacional de Doenças mais freqüentes como causa de morte por década da faixa etária do climatério, nas regiões do Brasil. No Brasil, três capítulos da Classificação Internacional de Doenças predominaram: doenças do aparelho circulatório; neoplasias e causas mal definidas. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste acompanharam o mesmo padrão do país, em relação à posição das três primeiras causas de morte, contudo, as doenças do aparelho circulatório e as causas mal definidas decresceram e as neoplasias aumentaram. Na região Norte, apesar das mesmas causas apresentarem coeficientes próximos, as doenças circulatórias prevaleceram na maior parte do período estudado, mas as causas mal definidas foram mais freqüentes que as neoplasias. Já no Nordeste, as principais causas foram as mal definidas, embora tenham decrescido de 1979 a 2004. As doenças do aparelho circulatório e neoplasias ocuparam a segunda e terceira posições, respectivamente, e aumentaram no período de estudo.

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Publicado

2008-04-01

Edição

Seção

Pesquisa Original