O discurso dos professores sobre a transmissão de pediculose antes de uma atividade educativa

Autores

  • Pércide Verônica da Silva Cunha FIOCRUZ; Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde
  • Zeneida Teixeira Pinto FIOCRUZ; Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde
  • Edson Ferreira Liberal Hospital Universitário Gaffrée Guinle; Serviço de Pediatria
  • Júlio Vianna Barbosa FIOCRUZ; Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19892

Palavras-chave:

Pediculose, transmissão, educação em saúde, Discurso do Sujeito Coletivo

Resumo

A Pediculose é uma doença de importância para a saúde pública. Acredita-se que medidas educacionais colaborem para o sucesso do tratamento e da prevenção desta patologia. Este trabalho, realizado em escolas do Rio de Janeiro (RJ), Brasil, apresenta o discurso de professores de ensino fundamental sobre a forma como a Pediculose é transmitida. As informações foram obtidas através de entrevistas e analisadas pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Revelaram-se quatorze categorias. Algumas apresentavam formas corretas de transmissão: através de contato físico e corporal do tipo "cabeça com cabeça", com pessoas que têm Pediculose. Porém, outras revelaram o seu desconhecimento: o piolho voa, o piolho pula de uma cabeça para outra, através das lêndeas. Estes resultados demonstram a existência de professores que desconhecem a forma como a patologia é transmitida. Isto diminui a possibilidade que estes profissionais têm para colaborarem efetivamente na prevenção desta patologia nas escolas, assim como para a promoção da saúde de seus alunos.

Referências

Khokhar A. A study of Pediculosis capitis among primary school children in Delhi. Ind. J. Med. Sciences. 2002;56(9):449-452.

Counahan M, Andrews R, Büttner P, Bymes G, Speare R. Head lice prevalence in primary schools in Victoria, Australia. J. Paediatr. Child. Health. 2004; 40:616-19.

Kokturk A, Baz K, Bugdayci R, SasmazT, Tursen U, Kaya TI, et al. The prevalence of Pediculosis capitis in schoolchildren in Mersin, Turkey. Int J Dermatology.2003; 42:694-98.

Borges R, Mendes J. Epidemiological aspects of head lice in children attending day care centers, urban and rural schoolsin Uberlândia, central Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. 2002; 97(2):189-92.

Barbosa JV; Pinto ZT. Pediculose no Brasil. Entomol. Vect. 2003; 10(4):579-86.

Price JH, Burkhart CN, Burkhart CG, Islam R. School nurses’ perceptions of and experience with head lice. J. Sch. Health. 1999; 69(4):153-58.

Ressel GW. AAP releases clinical report on head lice. Am. Fam. Physician. 2003;67(6):1391-92.

Rupes V, Moravec J, Chmela J, Ledvinka J, Zelenková J. A resistance of head lice (Pediculus capitis) toper methrin in Czech Republic. Centr. Eur. J. Publ. Hlth. 1995; 3(1):30-2.

Downs AMR, Stafford KA, Harvey I,Coles GC. Evidence for double resistence to permethrin and malathion in head lice. British Journal of Dermatology 1999; 141: 508-511.

Meinking TL, Serrano L, Hard B, Entze lP, Lemard G, Riviera E, Villar ME. Comparative in vitro pediculicidal efficacy of treatments in a resistant headline population in the United States. Arch Dermatol. 2002; 138:220-4.

Hunter JA, Barker SC. Susceptibility of head lice (Pediculus humanus capitis) tope diculicides in Australia. Parasitol. Res. 2003; 90:476-78.

Pollack RJ, Kiszewshi AE, Spielman A. Overdiagnosis and consequent mismanagement of head louse infestation in North America. Pediatr. Infect. Dis. J. 2000; 19(8):689-94.

Pearlman DL. A simple treatment for headline: dry-on, suffocation-based pediculicide. Pediatrics. 2004; 114:275-79.

Lefèvre F, Lefèvre AMC. O Discurso do Sujeito Coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (Desdobramentos). Caxias do Sul: EDUCS, 2003.

Burgess I. The life of a head louse. Nursing Times. 2002; 98(46):54.

Heukelbach J, Feldmeier H. Ectoparasites – the underestimated realm. The Lancet. 2004; 363:889-91.

Ibarra J, Hall DM. Head Lice in schoolchildren. Arch. Dis. Child. 1998;78:288.

Chunge RN, Scott FE, Underwood JE, Zavarella KJ. A pilot study to indicate transmission of head lice. Canadian J Public Health 1991; 82:207-8.

Burgess IF. Human Lice and their control. Annu. Ver. Entomol. 2004;49:457-81.

Burgess IF. Human Lice and their management. Advances in Parasitology.1995; 32:271-342.

Speare R, Cahill C, Thomas G. Head Lice on pillows, and strategies to make a small risk even less. Int. J. Dermatol.2003; 42:626-29.

Burkhart CN. Fomite transmission withhead lice: a continuing controversy. Lancet. 2003; 361:99-100.

Behrman RE, Kliegman RM, Jenson HB. Creches e Doenças Transmissíveis. In: Behrman RE, Kliegman RM, Jenson HB. Nelson. Tratado de Pediatria.17ª.ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2005.v.1. p.1266-1269.

Roberts RJ. Head Lice. N. Engl. J. Med. 2002; 346(21):1645-50.

Speare R, Thomas G, Cahill C. Head lice are not found on floors in primary school classrooms. Australian and New Zealand J Public Health. 2002;26(3):208-11.

Hootman J. Quality Improvement projects Related to Pediculosis Management. J School Nursing. 2002; 18(2):80-86.

Borges R, Mendes J, Valladares BLB. Invasores da Cabeleira. Ciência Hoje das Crianças 2003; 16(34):2-5.

Lopes Neto AA. Bullying –comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria. 2005; 81Supl 5:S164-S172.

Downloads

Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Pesquisa Original