Grupo terapêutico para jovens com fobia social
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19917Palavras-chave:
transtornos fóbicos, prática de grupo, PsicologiaResumo
São escassos os estudos qualitativos que buscaram reconhecer as especificidades do uso da modalidade de atendimento da grupoterapia para pacientes com fobia social. Objetivou-se nesse trabalho compreender o funcionamento de um grupo terapêutico com jovens diagnosticados com esse transtorno, atendidos em um hospital universitário. Por meio da análise dos momentos iniciais desse grupo, buscou-se reconhecer seu processo de formação e princípio, a partir dos comportamentos e interações estabelecidas pelos participantes. A primeira sessão desse grupo foi analisada a partir de um eixo vertical, identificando-se o conteúdo da fala dos participantes e os temas abordados ao longo de cada sessão; e um eixo horizontal, a partir do qual foi ressaltado o contexto de produção desses temas, o clima afetivo da sessão, a interação engendrada a cada momento e a seqüência de acontecimentos e conversas ao longo da sessão. O referencial teórico da Psicanálise embasou a análise do material. Foram percebidos, nessas sessões: a necessidade desses jovens de se comportarem sempre de acordo com a expectativa alheia, a exigência de perfeição, o medo excessivo de falhar ou errar, a necessidade excessiva de controle dos próprios sentimentos, a baixa auto-estima, sentimentos depressivos, sentimentos persecutórios, evitação dos contatos sociais e da intimidade nos relacionamentos. Esses aspectos foram evidenciados no grupo por meio da dificuldade dos participantes de se expressarem, da necessidade de cumprirem com as expectativas dos terapeutas, do receio de serem punidos, dos longos períodos de silêncio e da angústia que estes provocavam.Referências
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