Prevalência de quedas em mulheres após menopausa

Autores

  • Débora Aparecida Paccola de Rezende Universidade de São Paulo; Faculdade Saúde Pública; Departamento de Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade
  • Wendry Maria Paixão Pereira Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Ana Carolina Basso Schmitt Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Elaine Cristina Alves Pereira Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • José Mendes Aldrighi Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento Materno Infantil

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.20004

Palavras-chave:

epidemiologia, pós-menopausa, acidentes por quedas

Resumo

Em estudo transversal que tem por objetivo estimar a prevalência de quedas e os fatores associados em mulheres após menopausa até 65 anos. Com amostra randomizada de 331 mulheres, foram aplicados questionários auto-referidos sobre dados de quedas, sócio demográficos, morbidade, medicamentos e hábitos de vida. Foram estimadas a freqüência e análises bivariadas e múltipla com intervalo de confiança de 95%. Os resultados mostraram uma prevalência de quedas nos últimos seis meses da pesquisa de 21,3%, (IC95%: 17.0% - 26.2%), das quais 58,8% sofreram pelo menos uma queda. As quedas ocorreram em ambiente externo e as principais causas foram tropeços, escorregões (49,2%), tonturas e vertigens (14,9%). Está associada principalmente com o nível de escolaridade (OR = 2.72: IC95%: 1,28 - 5,77), depressão (OR = 2.24; IC95%: 1,20 - 4,19) e obesidade (OR = 1.06; IC95%: 1,01 - 1,11). Em conclusão, a prevalência de quedas foi elevada para a faixa etária estudada, evidenciando a necessidade de estratégias de promoção de saúde e prevenção precoce junto à comunidade.

Referências

Organização Mundial da Saúde. CID-10.São Paulo; 2000. p.1017-9.

Moura RN, Santos FC dos, Driemeier M, Santos LM dos, Ramos LR. Quedas em idosos: fatores de risco associados. Gerontologia. 1999;7(2):15-21.

Studensk S, Wolter L. Instabilidade e Quedas. In: Duthie, EH, Katz PR. Geriatria Prática. 3ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2002. p.193-200.

Rubenstein CMP, Powers CM, MacleanCH. Quality Indicators for the Management and Prevention of Falls and Mobility Problems in Vulnerable Elders. Ann Intern Med. 2001;135:686-93.

Tinetti, Spuchkey M. Prevention of falls among the elderly. The New England J Medicine. 1989;320: 1055-9.

Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE Censo demográfico:2005. Disponível em:

Aldrighi JM, Aldrighi CMS, Aldrighi APS. Alterações sistêmicas no climatério. Rev Bras Med. 2002;59:15-21.

Gracia CR, Sammel MD, Freeman EW, LinH, Langan E, Kapoor S, et al. Defining menopause status: creation of a new definition to identify the changes of the menopause transition. Menopause. 2005;12(2):128-135.

Evci ED, Ergin F, Beser E. Home accidents in the elderly in Turkey. Tohoku Exp Med. 2006;209(4):291-301.

Lebrão ML, Laurenti R. Saúde, bem-estare envelhecimento: o estudo SABE no mu-nicípio de São Paulo. Rev Bras Epidemio.2005;8(2):127-41.

Perracini MC, Ramos R. Fatores associados a quedas em uma coorte de idosos residentes na comunidade. Rev Saúde Pública. 2002;36(6):709-16.

Dontas IA, Yiannakopoulos CK. Risk factors and prevention of osteoporosis –related fractures. J Musc Neuronal Interact. 2007;7(3):268-72.

Ceolin MF. Padrões de atividade e fragmentação do sono em pessoas idosas. São Paulo (SP), 242 p. (tese de doutorado). Escola de Enfermagem da USP; 1999.

Gorenstein C, Andrade L. Validation of a Portuguese version of the Beck Depression Inventory and the State-Trait AnxietyInventory in Brazilian Subjects. Brazilian J Medical and BiologicalResearchp.1996; p.453-457.

WHO World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic (report of a WHO consultation on obesity). Genebra: World Health Organization. 1997; p.98.

Matsudo SM, Matsudo VR, Araújo T, Andrade D, Andrade E, Oliveira L, et al. Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade, nível socioeconômico, distribuição geográfica e de conhecimento. Rev Bras Ciên Mov. 2002; v.10,n.4, p.41-50.

Alves HNP, Surjan JC, Nogueira-Martins LA, Marques ACPR, Ramos SP, Laranjeira RR. Perfil Clínico e Demográfico de Médicos com Dependência Química. Rev Assoc Med Bras. 2005; 51(3):139-43.

ANVISA. Agência de Vigilância Sanitária. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/index.htm (2008 out).

Perell KL, Nelson A, Goldman RL, Luther SL, Prieto-Lewis N, Rubenstein LZ. Fall Risk Assessment Measures: An Analytic Review. J Gerotology. 2001; v.56,n. 12, p.761-766.

Rubenstein LZ. Falls in older people: epidemiology, risk factors and strategies for prevention. Age Ageing. 2006;35(Suppl 2):ii37-41.

Rozenfeld S, Camacho LAB, Veras RP. Medication as a risk factor for falls in older women in Brazil. Rev Panam Salud Publica/Pan; Am J Public Health. 2003;13(6).

Fabrício SCC, Rodrigues RAP, Costa Junior ML. Causas e conseqüências de quedas de idosos atendidos em hospital público. Rev Saúde Pública. 2004;38(1):93-9.

Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsh C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001; v.56, p.146-57.

National Osteoporosis Foundation. Osteoporosis Report. 1999; 15, n.4.

Francis RM. Falls and fractures. Age and Ageing. Br Geriatrics Soc. 2001; 30-54;25-28.

Matsudo VK, Matsudo SM, Andrade DR, Araújo TL, Oliveira LC, Bragion GF. Promotion of physical activity in developing country: The Agita São Paulo experience. Public Health Nutr. 2002;5(1a):1-10.

Guimarães JMN, Farinatti PTV. Análise descritiva de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas em mulheres idosas. Rev Bras Med Esporte. 2005;v.11, n.5, set/out.

American Geriatrics Society; British Geriatrics Society & American Academy of Orthopaedic Surgeons Panel on Falls Prevention. Guidelines for the prevention of falls in older persons. J Am Geriatr Soc. 2001;49:664-72.

Toledo MAV, Santos Neto LS. Depressão no idoso In: Hargreaves LH, organizador. Geriatria. Brasília: Prodasen; 2006. p.545-52.

Brasil Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção Básica, n.º19, 2006.

Coutinho ES, Silva SD. Uso de medicamentos como fator de risco para fratura grave decorrente de queda em idosos. Cad Saúde Pub. 2002;18:1359-66.

Downloads

Publicado

2011-04-01

Edição

Seção

Pesquisa Original