Teoria da harmonia em Platão

Autores

  • Ricardo Rizek Faculdades Integradas Alcântara Machado; Curso de Música

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i2p251-299

Palavras-chave:

médias geométrica, harmônica e aritmética, escalas pitagórica e ptolemaica, enkýklios paideía e quadriuium, Timeu, Platão, pitagorismo e neoplatonismo

Resumo

Estudam-se alguns casos da teoria da harmonia em Platão. Para tal, consideram-se a concepção e a terminologia musical que Platão, a um tempo só, recebe dos pitagóricos e, daí, lega a tantos quantos escreveram sobre música em grego, como Proclo, ou em latim, como Boécio. Assim, aponta-se, em Timeu 35a–36d, a analogia entre autó e média harmônica; héteron e média aritmética; a ousía intermediária e a média geométrica. Daí, o modo como a “essência” intermediária viabiliza a harmonização do “outro” com o “mesmo” compara-se ao modo como a média geométrica conjuga as outras médias numa série numérica cujos intervalos correspodem aos da escala musical pitagórica. Assim, das “partes” em que “deus” divide o “todo”, as que estão uma para outra assim como 4 para 3 correspondem à diatessáron ou 4ª justa [m. harmônica]; as que estão uma para outra assim como 3 para 2, à diapénte ou 5ª justa [m. aritmética]. A proporção de 256 para 243 desponta, então, como a razão correspondente ao leîmma, isto é, à díesis ou “semitom” pitagórico.

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Publicado

1998-10-12

Edição

Seção

Artigos