Uma visão senequiana da amizade

Autores

  • Ariovaldo Augusto Peterlini Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i3p95-108

Palavras-chave:

amizade, Sêneca, estoicismo, autarcia

Resumo

A Antigüidade, num percurso de mais ou menos 900 anos, de Hesíodo a Plutarco, estudou e comentou a amizade, ora de passagem ora em obras específicas como o Laelius de Cícero. Sêneca deixou suas reflexões sobre a amizade, principalmente nas Epistulae ad Lucilium e no De beneficiis. Ao contrário de Platão e Aristóteles, teóricos, Sêneca, romano, pragmático e moralista, volta-se para a amizade em ato. Encontrando dificuldades em conciliar a autarcia do estóico, que era, com sua visão pessoal da amizade, não se recusou a respigar nos campos de Epicuro. Para Sêneca, ao contrário de Aristóteles, é fácil conseguir amigos e substituí-los, quando se vão. Como Cícero, ele também crê que a amizade é a comunhão de virtudes entre os bons, mas não deixa de advertir que quem é amigo de si nunca estará sozinho. Acredita que “quem é amigo ama; mas quem ama nem sempre é amigo”. Cumpre, estoicamente, não aceitar nunca desequilíbrios emocionais vindos do exterior, ainda que de amigos.

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Publicado

1999-10-13

Edição

Seção

Artigos

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