Elementos épicos e interpretação restitucionista da História em O espelho dos mártires

Autores

  • Elaine Cristine Sartorelli Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i5p261-276

Palavras-chave:

épica, historiografia, século XVI, martirológio

Resumo

A proposta deste artigo é apresentar e comentar alguns elementos próprios dos gêneros narrativos (épico e historiográfico) presentes no martirológio anabatista O espelho dos mártires, de Thieleman J. van Braght, no qual as perseguições religiosas são interpretadas e, por conseguinte, narradas a partir de uma perspectiva marcantemente épica, numa tentativa não apenas de cantar os feitos dos heróis/mártires, mas também (e principalmente) de atribuir uma origem e um significado divinos aos eventos históricos daquele dado momento concreto em que ocorreram, o século XVI. A própria existência de um grupo de autodenominados mártires reflete uma mentalidade e uma cultura, bases de uma completa interpretação historiográfica cristã, em que o Advento futuro (intervenção divina na História) está sendo decidido na guerra entre aqueles que buscam restituir o Cristianismo para preparar essa vinda e aqueles que visam impedi-la por meio da eliminação dos cristãos “verdadeiros”, os mártires.

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Publicado

2001-12-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Elementos épicos e interpretação restitucionista da História em O espelho dos mártires. (2001). Letras Clássicas, 5, 261-276. https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i5p261-276