Tradição na épica grega arcaica

Autores

  • Adrian Kelly University of Oxford; Balliol College

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i14p3-20

Palavras-chave:

oralismo, Homero, Neoanálise, orientalismo, Antigo Oriente Próximo, lamento prospectivo

Resumo

O que foi legado a Homero é fonte de um desacordo sempre crescente entre os estudiosos modernos, não apenas referente ao “o que” de sua herança mas até mesmo ao “como”. Dicotomias mais antigas estabeleceram uma forte distinção entre os elementos recorrentes na poesia homérica e os toques individuais, rotulando o primeiro de “tradição” e o segundo de “inovação”. Estudos mais recentes, entretanto, têm mostrado a inter-relação essencial e constante desses dois conceitos: há uma individualidade constante na formação e no desenvolvimento mesmo das características mais comuns, ao passo que os elementos aparentemente mais inovadores da poesia homérica mostram a influência da padronização e tipicidade que viemos a esperar. Em outras palavras, a tradição é sempre inovadora, e a inovação é sempre tradicional. Ainda assim, essa reciprocidade parece ter sido ignorada em dois ramos importantes da pesquisa homérica moderna, os quais podemos chamar de Neoanálise e de orientalismo: ambas essas escolas de pensamento compartilham pressuposições sobre o contexto textual e tradicional de Homero que são insustentáveis. Esse artigo remeterá a alguns exemplos famosos dessas duas abordagens, e sugere um contra-argumento “tradicional” a ambos.

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Publicado

2010-12-19

Edição

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Artigos

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