Amores 1.5, 2.1, 2.18 e 3.1: algumas refrações da “metapoesia” ovidiana

Autores

  • Lucy Ana de Bem Universidade Estadual de Campinas; Instituto de Estudos da Linguagem

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i10p119-138

Palavras-chave:

elegia, Ovídio, Amores, programática, alusão, recusatio

Resumo

Este artigo pretende demonstrar como Ovídio, através da persona poética do amator, traz à cena elegíaca algumas questões poéticas, sobretudo, no que diz respeito aos gêneros que figuram nos Amores, muitas vezes, através de alusões sutis, capazes de evocar traços da tradição poética greco-latina. Tentaremos mostrar que alguns elementos da “metapoesia” ovidiana, típica dos poemas programáticos, situados no início e no final dos três livros da coleção, são evocados ao longo de toda a obra. A elegia 3.1, neste sentido, fornece uma ampla série de personagens e motivos: a Elegia personificada, por exemplo, pode ser identificada com a puella de 1.5 por causa dos traços “físicos” que compartilham. O discurso da Tragédia, na mesma elegia, é evocado, em partes, na recusatio que constitui o tema central da elegia 2.18. Também mostraremos que a escolha do estilo de vida e de poesia do amator ovidiano é peculiar, pois sua recusatio difere dos padrões elegíacos convencionais, como revela a elegia 2.1.

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Publicado

2006-12-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Amores 1.5, 2.1, 2.18 e 3.1: algumas refrações da “metapoesia” ovidiana. (2006). Letras Clássicas, 10, 119-138. https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i10p119-138