A inserção precária e a questão agrária

Autores

  • Bruno Konder Comparato

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-4485.lev.2004.132244

Resumo

Um ponto de vista bastante difundido no que diz respeito ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) costuma associá-los ao atraso e à exclusão. Os militantes do MST seriam, assim, os representantes do Brasil arcaico por oposição ao Brasil moderno. Uma leitura atenta da produção recente sobre o tema da exclusão, ou da inclusão precária, e da desfiliação mostra, contudo, que o MST não representa o grupo dos excluí- dos do campo, pelo contrário, ele constitui-se numa comunidade de indivíduos novamente incluídos na sociedade brasileira. Pois, se assim não fosse, eles não seriam recebidos como interlocutores pelos poderes públicos e não teriam suas idéias e propostas levadas a público por meio da imprensa. Longe de serem os “marchadores do atraso” como já foram rotulados pelos meios de comunicação, os militantes do MST provam que a ação política organizada pode reintegrar os esquecidos pelo progresso à sociedade brasileira

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Publicado

2004-05-04

Edição

Seção

Não Definida

Como Citar

A inserção precária e a questão agrária. (2004). Leviathan (São Paulo), 1, 55-72. https://doi.org/10.11606/issn.2237-4485.lev.2004.132244