Línguas minoritárias e língua dominante veicular quase sempre coexistem de maneira problemática, senão abertamente conflitual. Baseando-nos no caso das Antilhas, gostaríamos demostrar como um a intervenção política - a institucionalização do crioulo através de seu ensino-poderia contribuir à reincorporação do eu no sujeito francófono-crioulófono. A clara consciência desta cisão do eu em determinados intelectuais, escritores e professores universitário santilhanos, levou à criação do conceito de crioulidade, verdadeira carta universal dos direitos d a s comunidades à identidade lingüística e cultural, concebida, porém, dentro da impregnação do Outro e da abertura ao Diverso. Perguntamo-nos, em seguida, se, no contexto da globalização, a política lingüística francesa - mas também européia, não se orienta na direção trilhada pelo conceito de crioulidade, e em que medida isto não favoreceria, de maneira reflexiva, a aceitação da institucionalização do crioulo
Biografia do Autor
Véronique Dahlet, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Letras Modernas
Professora do Departamento de Letras Modernas, FFLCH-USP.