Produção textual e argumentação: desafios e perspectivas para a formação docente na contemporaneidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v36i3p257-275

Palavras-chave:

Ensino da argumentação, Meme, Multissemioses, Produção textual, Geração Z

Resumo

Este artigo reflete sobre desafios e perspectivas concernentes à formação docente em Língua Portuguesa, no contexto da contemporaneidade. Discute, especificamente, sobre a importância do ensino e aprendizagem da produção textual, com foco na argumentação. Para tanto, analisa dois memes digitais sobre a temática ‘escola’, tendo em vista a força argumentativa e semioses que os envolvem. Os preceitos teóricos encontram-se em Danblon (2005), Angenot (2008) e Toulmin ([1958] 2001). Apoiam também as análises as perspectivas da BNCC (2018) acerca da produção textual, das TDIC e da argumentação; e para tratar das multissemioses toma-se Rojo (2016). Conclui-se que embora as novas gerações, tanto de estudantes, quanto de professores, nascidos no contexto tecnológico, já dominem ferramentas tecnológicas e, consequentemente, práticas de linguagem multissemióticas, urge proporcionar-lhes uma formação crítica e reflexiva, que permita-lhes tomar posicionamentos e defender pontos de vista que visem ao bem comum de toda a sociedade, local e global. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Nelci Vieira de Lima, Universidade de Santo Amaro. Universidade Cruzeiro do Sul

    Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2016).
    Docente na Universidade Cruzeiro do Sul Virtual e na Universidade de Santo Amaro (Brasil).

  • Ana Lúcia Tinoco Cabral, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005).
    Pesquisadora colaboradora na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Brasil).

  • Silvia Augusta de Barros Albert, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2016).
    Pesquisadora colaboradora na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Brasil).

Referências

AMOSSY, R. A argumentação no discurso. São Paulo: Contexto, 2018.

ANGENOT, M. Dialogues de sourds. Traité de rhétorique antilogique. Paris: Mille et une nuits, département de la Librairie Artène Fayard, 2008.

BERGSON, H. O Riso. Ensaio sobre a significação da comicidade. Trad. Ivone Castilho Benedetti. 1ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015. Ministério da Educação (MEC). Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho Pleno. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso em 16 abr. 2023.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em 16 abr. 2023.

CABRAL, A. L. T. Leitura de Textos Multimodais: simultaneidade e integração na construção dos sentidos. Intersecções Revista de Estudos sobre Práticas Discursivas e Textuais. Centro Universitário Padre Anchieta Jundiaí/SP Graduação e Pós-Graduação em Letras. Edição especial temática: texto, interação e multimodalidade, edição 10, ano 6, número 2, p. 89-106, nov. 2013. Disponível em: http://www.anchieta.br/unianchieta/revistas/interseccoes/interseccoes.asp. Acesso em 20 de abril de 2023.

CABRAL, A. L. T. Texto e Argumentação nas Redes Sociais: planos de texto, sequências textuais e estratégias linguísticas. In: FERREIRA, F. A.; LUDOVICE, C. A. P.; PERNAMBUCO, J. O texto: processos, práticas, abordagens teóricas. Franca: Unifran, 2016, p. 143-168.

CADILHE, A. J.; GARCIA-REIS, A. R. Letramentos na Formação de Professores a partir de uma concepção discursiva da linguagem: reflexões propositivas. In: MAGALHÃES, T. G.; GARCIA-REIS, A. R. e FERREIRA, H. M. (Orgs.) Concepção discursiva de linguagem: ensino e formação docente. Campinas, SP: Pontes Editores, 2017, p. 215-233.

DANBLON, E. La fonction persuasive anthropologie du discours rhétorique: origines et actualité. Paris: Armand Colin, 2005.

KNOBEL, M.; LANKSHEAR, C. (Orgs.). A New Literacies Sampler. Nova York: Peter Lang, 2007.

MORIN, E.; DIÁZ, C. J. D. Reinventar a Educação: abrir caminhos para a metamorfose da humanidade. Tradução por Irene Reis dos Santos. São Paulo: Palas Athenas, 2016.

ROJO, R. Gêneros Discursivos do Círculo de Bakhtin e Multiletramentos. In: ROJO, R. (Org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola, 2013, p. 13-36.

ROJO, R. Novos Letramentos, Tecnologias, Gêneros do Discurso. In: SOUZA, S.; SOBRAL, A.. (Orgs.) Gêneros entre o texto e o discurso: questões conceituais e metodológicas. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2016, p. 127-150.

ROJO, R.; BARBOSA, J. Hipermodernidade, multimetramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

ROJO, R.; MELO, R. A arquitetônica bakhtiniana e os multiletramentos. In: NASCIMENTO, E. L.; ROJO, R.H.R. (Org.) Gêneros de texto/discurso e os desafios da contemporaneidade. Campinas, SP: Pontes Editores, 2014, p. 249-272.

SHIFMAN, L. Memes in Digital Culture. 1ª edição. Cambridge: The Mit Press, 2013

TOULMIN, S. E. Os usos do argumento. São Paulo: Martins Fontes, [1958] 2001, 375p.

Downloads

Publicado

2023-12-28

Edição

Seção

Artigos originais

Como Citar

LIMA, Nelci Vieira de; CABRAL, Ana Lúcia Tinoco; ALBERT, Silvia Augusta de Barros. Produção textual e argumentação: desafios e perspectivas para a formação docente na contemporaneidade. Linha D’Água, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 257–275, 2023. DOI: 10.11606/issn.2236-4242.v36i3p257-275. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/211506.. Acesso em: 8 maio. 2024.