Baleias e imaginários: ruína, rasgo e reparação em três poemas brasileiros contemporâneos

Autores

  • Diana Junkes Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i34p226-238

Palavras-chave:

Imaginário, Poesia, Resistência, Utopia, Baleia

Resumo

Este artigo analisa, comparativamente, a construção e elaboração de uma mesma imagem, a baleia, em três poemas distintos, a saber: “Totem”, de Ruy Proença, do livro Visão do térreo, de 2007; “respiramos como as baleias”, de Prisca Agustoni, e “um enorme rabo de baleia” (2013), de Alice Sant´Anna. Para que as reflexões dirijam sua lupa para os versos e ao que eles nos trazem como forma e conteúdo, manifesto e manifestação estética, interioridade e exterioridade, realidade e imaginário, serão apresentadas reflexões sobre cada um dos poemas e, ao final, como um bordado, rasura, rasgo e reparação talvez digam mais sobre nós e sobre a poesia que nos habita, esta baleia imensa, ora totem ora asfixia, ora liberdade.

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Biografia do Autor

  • Diana Junkes, Universidade Federal de São Carlos

    É professora na Universidade Federal de São Carlos e bolsista de produtividade do CNPq. Publicou As razões da máquina antropofágica: poesia e sincronia em Haroldo de Campos (crítica literária, EdUnesp, 2013).

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Publicado

2021-11-21

Edição

Seção

Leitura contemporânea: visadas analíticas

Como Citar

Junkes, D. (2021). Baleias e imaginários: ruína, rasgo e reparação em três poemas brasileiros contemporâneos. Literatura E Sociedade, 26(34), 226-238. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i34p226-238