O TECER DA ARTE COM A PSICANÁLISE

Autores

  • Philippe Willemart Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i10p56-63

Palavras-chave:

Psicanálise, Proust, arte, literatura, sujeito, cultura.

Resumo

Trabalhar hoje as relações literatura-psicanálise exige do crítico não só um conhecimento dos dois saberes, mas a flexibilidade suficiente para não confundir os objetivos dos dois campos e
estabelecer as relações não a partir da psicanálise nem da literatura, mas da procura de uma compreensão maior do ser humano, objetivo comum compartilhado por todas as ciências
humanas. No entanto, os dois saberes se diferenciam no objeto e na estratégia, o que será detalhado no texto que segue. As artes, tendo o poder de suspender o sujeito, contribuem para o conhecimento não por serem admiradas, mas, segundo o narrador proustiano, por mergulhar o homem na cultura, oferecendo-lhe outra visão do mundo ou outro sentido para certos acontecimentos. A psicanálise, desfazendo o estabelecido e os preconceitos, exige uma narrativa do analisando que lhe permita reconstituir uma história singular. A partir da mesma problemática nos perguntamos se escrever, pintar, esculpir ou inventar uma melodia substitui uma análise.

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Publicado

2007-12-06

Edição

Seção

Ensaios

Como Citar

Willemart, P. (2007). O TECER DA ARTE COM A PSICANÁLISE. Literatura E Sociedade, 12(10), 56-63. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i10p56-63