Dérive poética e objeção cultural: da boemia parisiense a Mário de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i7p16-34Palavras-chave:
Poesia, errância, flânerie, cidade, Mário de Andrade.Resumo
A partir de um panorama e de articulações entre os processos de reurbanizações das cidades de Paris e São Paulo e as experiências poéticas de fins do século XIX e primeiras décadas do século XX, a poesia de Mário de Andrade é lida na chave da tradição do projeto da boemia parisiense iniciado pela dérive de Jarry. Picasso e Apollinaire. Essa experiência de errância é diferente da flânerie baudelairiana. Ela é difusa por toda a superfície da cidade e de seus arrabaldes e turva a identidade de quem pratica, contrariamente à flânerie, que se realiza no circuito circunscrito das arcadas e dos bulevares parisienses, envolvendo um público homogêneo e um protagonista em geral do sexo masculino. Enquanto a flânerie confunde-se com um gesto visual, a errância comporta um gesto existencial na sua plenitude.Downloads
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Publicado
2004-12-06
Edição
Seção
Ensaios
Como Citar
Sevcenko, N. (2004). Dérive poética e objeção cultural: da boemia parisiense a Mário de Andrade. Literatura E Sociedade, 9(7), 16-34. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i7p16-34