Boxing Cravan: cinematógrafo, estranhamento, subitaneidade

Autores

  • Pedro Serra Universidade de Salamanca

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i20p132-147

Palavras-chave:

Documentário cinematográfico, “ostranenie”, subitaneidade.

Resumo

Proponho, neste ensaio, uma leitura de alguns aspectos da cinematografia do documentário Cravan vs Cravan (2002) do realizador catalão Isaki Lacuesta. O filme centra-se na figura de Arthur Cravan (1887-1918), que nos tempos inflamados das primeiras décadas do século XX, concretamente em 1916, se bateu com Jack Johnson em Barcelona. Destrudo radical, a que animou este poeta-boxeur: negação paroxística, pelo viés de uma espécie de performance agônica, da arte museificada ou póstuma. Neste sentido, trata-se de um gesto emblemático do ato criativo no tempo das vanguardas históricas. Defuntas as obras de arte, o artista enfrenta- se ao mundo com os punhos, apostando o ardor efêmero do corpo vivo na combustão do combate singular. Articulo, para a minha proposta de leitura do filme, um marco especulativo que visa alinhar as noções de “ostranenie” (Shklovsky) e de “subitaneidade” (Bohrer), bem como algumas determinações materiais do cinema.

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Biografia do Autor

  • Pedro Serra, Universidade de Salamanca
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Publicado

2015-06-18

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Serra, P. (2015). Boxing Cravan: cinematógrafo, estranhamento, subitaneidade. Literatura E Sociedade, 20(20), 132-147. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i20p132-147