As rosas e o tempo

Autores

  • Viviana Bosi Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i30p140-152

Palavras-chave:

Antonio Candido, Poesia, Rosas, Flores, Modernidade

Resumo

O artigo se debruça especialmente sobre o ensaio de Antonio Candido, “As rosas e o tempo”, em que se destacam análises de poemas nos quais estas flores são imagens centrais. Também se refere ao seu estudo “La figlia che piange”, no qual o crítico busca interpretar algumas imagens na poesia de Eliot. Ora simbolizando a juventude e a beleza passageiras, ora a vitalidade amorosa, ora, por fim, a possibilidade de renovação social futura, as rosas e as flores em geral percorrem a poesia em diferentes estações históricas seja através de um tom intensamente lírico, seja, por vezes, na modernidade, através de um lirismo mesclado com inflexões irônicas e críticas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Viviana Bosi, Universidade de São Paulo (USP)

    Professora livre-docente do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo. Escreveu o livro John Ashbery, um módulo para o vento (1999). Encontra-se no prelo seu livro sobre poesia brasileira a partir dos anos 1960 que vai se chamar Poesia em risco. Itinerários para aportar nos anos 1970 e além. Organizou o livro Antigos e soltos (2008), com textos na maior parte inéditos de Ana Cristina Cesar. Editou, junto a dois colegas, o livro Sereia de papel: visões de Ana Cristina Cesar (2015). Organizou, junto a Renan Nuernberger, o livro Neste instante: novos olhares sobre a poesia brasileira dos anos 1970 (2018).

Referências

ALIGHIERI, Dante. Paraíso. Trad. Italo E. Mauro. São Paulo: Ed. 34, 1998.

ANDRADE, Carlos Drummond. A rosa do povo. In: IDEM. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.

ANDRADE, Carlos Drummond. Claro Enigma. In: IDEM. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.

BANDEIRA, Manuel. “Poemas traduzidos”. In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991 (19ª ed.).

BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Trad. e org. Júlio Castañon Guimarães. São Paulo: Companhia das letras, 2019.

BOSI, Viviana. “O motivo da rosa: poesia e mito”. In: MUTRAN, Munira H. e IZARRA, Laura P.Z. (orgs). Lectures 2012. São Paulo: Cátedra de estudos irlandeses; Universidade de São Paulo, 2013.

CANDIDO, Antonio. “As rosas e o tempo”; “La figlia che piange”. In: O observador literário. São Paulo: Conselho estadual de cultura, Comissão de literatura, 1959. Republicado em: Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2008.

CANDIDO, Antonio. “Inquietudes na poesia de Drummond. Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2004 (4ª ed.).

ELIOT, Thomas S. “The waste land”. In: The complete poems and plays. Londres: Faber and Faber, 1969.

GULLAR, Ferreira. Na vertigem do dia. In: IDEM. Poesia completa, teatro e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.

JIMENEZ, Juan Ramón. “La estación total”, Poesía. Havana, Cuba: Editorial Arte y literatura, 1985 (2ª ed.).

MEIRELES, Cecília. Mar absoluto. In: IDEM. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

MELO NETO, João Cabral. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.

RILKE, Rainer M. As rosas. Trad. e pref. Janice Caiafa. Rio de Janeiro: 7 Letras, 1996.

SCHILLER, Friedrich. Poesia ingênua e sentimental. Trad. Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1991.

Downloads

Publicado

2019-12-06

Como Citar