O olho do melro – Beckett entre o realismo de Lukács e a estética adorniana

Autores

  • Fábio Salem Daie Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2015.98308

Palavras-chave:

Samuel Beckett, György Lukács, Theodor Adorno, realismo, modernismo.

Resumo

O presente artigo visa explorar alguns temas das perspectivas teóricas de György Lukács e Theodor Adorno relativas à arte no século XX. Para tanto, tomamos como ponto de partida três obras dramatúrgicas principais de Samuel Beckett: Esperando Godot (1953), Fim de Partida (1957) e Dias Felizes (1961). Visto que Beckett assumia valores inversos para Lukács e Adorno – desprezado pelo primeiro, admirado pelo segundo –, suas peças de teatro funcionam como catalisadoras de discordâncias centrais que nos ajudam a esclarecer parte relevante do debate estético moderno.

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Biografia do Autor

  • Fábio Salem Daie, Universidade de São Paulo
    Doutorando em Estudos Comparados de Literaturas em Língua Portuguesa (DLCV-USP)

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Publicado

2015-12-15

Edição

Seção

TECTÔNICAS

Como Citar

O olho do melro – Beckett entre o realismo de Lukács e a estética adorniana. (2015). Magma, 22(12), 61-84. https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2015.98308