Cerâmica fragmentada — oleiro miserável

Autores

  • Fátima Ghazzaoui Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1769.mag.2018.154408

Palavras-chave:

poesia, Carlos Drummond de Andrade, Lição de Coisas, memória

Resumo

Em busca de novos métodos de investigação para sua poética, em Lição de Coisas, Carlos Drummond de Andrade volta sua atenção à figuração dos objetos como matéria de sua poesia. O presente estudo, que parte da análise formal de um dos poemas do livro — Cerâmica —, pretende mostrar que essa figuração se dá em chão histórico, mesmo quando aparentemente a cena descritiva encobre as tensões sociais. Diante de um contexto em que a coisificação do mundo e do homem é regra e em que as coisas assumem uma independência fantasmagórica, a alienação e a reificação do sujeito passam a ser marcas indeléveis de suas vivências. Como consequência, tanto a memória individual quanto a memória coletiva constituem-se de experiências marcadas de negatividade.

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Biografia do Autor

  • Fátima Ghazzaoui, Universidade de São Paulo (USP)

    Possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1984), graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (1997) e mestrado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (2003). Desde 2016, integra o programa de doutorado do Departamento de Teoria Literária da Universidade de São Paulo. Atualmente, é professora da Prefeitura Municipal de São Paulo. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária.

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Publicado

2018-12-27

Edição

Seção

Ensaios de Curso

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