O Ideograma como um Modelo de Ler e Ver Poesia

Autores

  • Thiago de Melo Barbosa Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i23p167-184

Palavras-chave:

Poesia, Ideograma, Análise Literária, Leitura

Resumo

Os ideogramas chineses associados à poesia chegaram ao Brasil por volta dos anos de 1950 quando os poetas concretos começaram a propalar as ideias do poeta e crítico norte-americano Ezra Pound, o qual, por sua vez, foi o principal divulgador dos estudos do filósofo e orientalista norte-americano Ernest Francisco Fenollosa (1853-1908) sobre os caracteres chineses e a poesia, sintetizados no célebre ensaio The chinesewrittencharacter as a medium for poetry (Os caracteres da escrita chinesa como instrumento para a poesia). Nesse, Fenollosa elucida de que maneira a milenar escrita chinesa pode auxiliar na construção poética, principalmente por causa do seu caráter intrinsecamente metafórico e do seu poder de condensação do pensamento em signos “vivos”: a escrita chinesa, diferente das escritas alfabéticas, aproxima-se do objeto representado. Embasado nessa questão, o presente artigo foi pensado e construído, objetivando discutir as teorias de Fenollosa, Pound e dos Concretistas, chamando atenção para este interessante e pouco explorado método de leitura de poesia e, também, de técnica poética.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

CAMPOS, A.; CAMPOS, H.; PIGNATARI, D.Teoria da Poesia Concreta: textos críticos e manifestos 1950-1960. São Paulo: Ateliê, 2006.

CAMPOS, A. Viva Vaia: poesia 1949-1979. São Paulo: Ateliê, 2001.

CAMPOS, H. (Org.).Ideograma: lógica, poesia, linguagem. São Paulo: EDUSP, 2000.

CAMPOS, H. Xadrez de Estrela: percurso textual 1949-1974. São Paulo: Perspectiva, 1976.

COMPAGNON, A. O Demônio da Teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

E. E, Cummings. Poem(a)s.Trad. Augusto de Campos. Campinas: Editora Unicamp, 2011.

JAKOBSON, R. Lingüística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 2005.

MARTINS, M. Poemas Reunidos: 1952-2001. Belém: EDUFPA, 2001.

PIGNATARI, D. Poesia Pois É Poesia: 1950-2000. São Paulo: Ateliê; Unicamp, 2004.

POUND, E. ABC da Literatura. São Paulo: Cultrix, 2006.

ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

SPINA, S. Na madrugada das formas poéticas. São Paulo: Ateliê, 2002.

TOLEDO, O. D. de (Org.). Teoria da Literatura:formalistas russos. Porto Alegre: Globo, 1976.

Downloads

Publicado

2012-03-15

Edição

Seção

Incipit

Como Citar

Barbosa, T. de M. (2012). O Ideograma como um Modelo de Ler e Ver Poesia. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 23, 167-184. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i23p167-184