Quando a porca torce o rabo: as notas de trabalho no processo criativo do estudo Preto, de Mário de Andrade

Autores

  • Angela Teodoro Grillo Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i23p11-31

Palavras-chave:

notas de trabalho, Mário de Andrade, negro, processo de criação

Resumo

Ao longo de 20 anos, Mário de Andrade dedicou-se a uma ampla pesquisa sobre o negro. O dossiê Preto que guarda a farta documentação é composto majoritariamente por notas de trabalho, aspecto que impulsionou o estudo que desenvolvi sobre esse tipo de manuscrito relevante no processo de criação. É comum encontrar este recurso no arquivo de Mário de Andrade (IEB-USP), como também é possível se deparar com notas de trabalho em acervos de outros escritores. Este artigo leva o leitor a conhecer meandros e revelações da criação do manuscrito Preto, guiado pelas notas de trabalho que conduzem, sobretudo, às leituras do autor de Macunaíma. A pesquisa, inacabada pela morte do escritor, guarda as versões de textos que formam os “Estudos sobre o negro”.

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Publicado

2012-03-15

Edição

Seção

Ateliê

Como Citar

Grillo, A. T. (2012). Quando a porca torce o rabo: as notas de trabalho no processo criativo do estudo Preto, de Mário de Andrade. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 23, 11-31. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i23p11-31