Um olhar sobre o processo criativo de empresas de streaming e a experimentação em produções audiovisuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i41p86-96

Palavras-chave:

Netflix, crítica de processo, streaming, produção audiovisual

Resumo

A proposta do presente artigo é ilustrar os processos criativos das produções audiovisuais da empresa Netflix. Foram observados diferentes elementos com a finalidade de mapear os nós da rede do processo criativo: a produção de conteúdo, o algoritmo monitorado e a reprodução instantânea. Sobre a produção do conteúdo, identificamos três elementos que auxiliam na compreensão da produção como rede, são eles: a equipe criativa, o roteiro e a busca referencial. Com relação ao algoritmo monitorado, ilustramos a importância do monitoramento de dados no processo criativo destas produções audiovisuais, além de identificar que para o pesquisador da crítica do processo, o acesso e análise de dados digitais faz parte do processo do próprio pesquisador. Por último, tratamos sobre o nó da reprodução instantânea. Aqui, falamos sobre o termo binge-watching e como a forma em que o público se comporta perante a transmissão de séries em plataformas de streaming pode afetar o processo. Com isso, foram apresentadas diferentes reflexões, utilizando como base, as teorias de Cecilia Salles, Domenico De Masi, Vincent Colapietro, entre outros, para mapear os modelos de reprodução reconhecidos nas séries originais da empresa Netflix, e o que podemos classificar como experimentação para o serviço de streaming.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Karina Bousso, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Doutoranda em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Membro do Grupo de Pesquisa em Processos de Criação da PUC-SP, coordenado pela Professora Dra. Cecília Almeida Salles. Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Possui graduação em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela FAAP (2012). Professora na Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP). Integrante do Núcleo Interdisciplinar de Professores (FAAP). Ministra as disciplinas de Epistemologia em Comunicação e Comunicação e Hipermídia na FAAP, além de co-orientar trabalhos de conclusão de curso de Comunicação Social.

  • Cecilia Almeida Salles, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Tem graduação em Lingua e literatura inglesas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1976), mestrado em Lingüística Aplicada e Estudos de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1981) e doutorado em Lingüística Aplicada e Estudos de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990). Atualmente faz pós-doutorado no Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicação e Artes de Universidade de São Paulo. É professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É coordenadora do Grupo de Pesquisa em Processos de Criação . É autora dos livros Gesto inacabado ? Processo de criação artística 5ª ed. (São Paulo, Intermeios, 2011), Crítica Genética ? Uma (nova) introdução (São Paulo, Educ, 2000), Redes da Criação ? Construção da obra de arte (Valinhos, Editora Horizonte, 2006), Arquivo de criação - Arte e curadoria e do CDRom Gesto Inacabado ? Processo de criação artística (Lei de Incentivo a Cultura do Estado de São Paulo, 2000). Tem experiência na área de Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação, processos de criação, semiótica, crítica genética e artes.

Referências

COLAPIETRO, VINCENT. “Os locais da criatividade: sujeitos fissurados, práticas entrelaçadas”. In: PINHEIRO, A. &

SALLES, C.A. (orgs.) Jornalismo expandido: práticas, sujeitos e relatos entrelaçados. São Paulo: Intermeios, 2016.

DE MASI, DOMENICO. Criatividade e grupos criativos: Descoberta e Invenção. vol. 1. Rio de Janeiro: Sextante, 2005a.

DE MASI, DOMENICO. Criatividade e grupos criativos: Fantasia e concretude. vol. 2. Rio de janeiro: Sextante, 2005b.

JENKINS, HENRY. Cultura da convergência. Tradução de Susana L. de Alexandria. 2ª ed., São Paulo: Aleph, 2009.

MILLER, GUSTAVO. Seria Stranger Things uma obra de arte do algoritmo da Netflix? [on line]. 2016. Disponível em: . Acesso em: 03 dez. 2017.

MUSSO, PIERRE. “A filosofia da rede”. In: PARENTE, André (Org.). Tramas da rede. Porto Alegre: Sulina, 2004. p.17-38.

SALLES, CECÍLIA ALMEIDA. Redes de Criação: Construção da obra de arte. 2a ed., Vinhedo: Editora Horizonte, 2006.

SALLES, CECÍLIA ALMEIDA. Gesto Inacabado: processo de criação artística. 5a ed., São Paulo: Intermeios, 2011.

SEABRA, RODRIGO. Renascença: a série de TV no século XXI. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.

SARANDOS, TED. Nos bastidores com a Netflix: uma conversa com Ted Sarandos, Diretor Executivo de Conteúdo. São Paulo, FAAP, 2019 (Comunicação oral).

VANDERBILT, TOM. The Science behind the Netflix algorithms that decide what you’ll watch next. [on line]. 2013. Disponível em: . Acesso em: 03 dez. 2017.

Downloads

Publicado

2020-12-18

Como Citar

Bousso, K., & Salles, C. A. (2020). Um olhar sobre o processo criativo de empresas de streaming e a experimentação em produções audiovisuais. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 41, 86-96. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i41p86-96