Ressonâncias da crítica literária na segunda edição de “Amar, verbo intransitivo”, de Mário de Andrade

Autores

  • Simone Rodrigues Vianna Silva Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i46p32-46

Palavras-chave:

Crítica genética, Cartas, Mário de Andrade, Amar, verbo intransitivo

Resumo

Mário de Andrade foi um dos expoentes do Modernismo Brasileiro, atuando não apenas como escritor literário, mas como teórico e pesquisador. Foi um estudioso do folclore, da cultura e da língua brasileiras, e, compreendendo a importância da pesquisa, legou um precioso acervo para o público (atualmente pertencente ao Instituto de Estudos Brasileiros – USP), com mais de 30 mil arquivos e 17 mil volumes (GRILLO, 2010, p. 13). Parte constituinte desse material, suas missivas, bem como artigos de críticos literários, são analisadas como elementos significativos para a compreensão do processo criativo e de composição das duas edições da obra Amar, verbo intransitivo (1927/ 1944). A partir da recepção da primeira edição pela crítica literária da época, bem como das respostas encaminhadas por Mário através de cartas endereçadas aos próprios críticos e a amigos, concluímos que as mudanças efetuadas entre as edições se deram, especialmente, em resposta a dois artigos principais, de Prudente de Moraes, neto (s.d), e de Tristão de Athayde (1927). Como resultado, houve uma diminuição das digressões e interferências do autor, dos elementos psicanalíticos e naturalistas e um encobrimento maior em relação à sexualidade latente na obra.

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Biografia do Autor

  • Simone Rodrigues Vianna Silva, Universidade de São Paulo

    Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

2022-07-05

Como Citar

Silva, S. R. V. (2022). Ressonâncias da crítica literária na segunda edição de “Amar, verbo intransitivo”, de Mário de Andrade. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 46, 32-46. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i46p32-46