De Rossellini a Rossellini: dois processos de criação que se sobrepõem

Autores

  • Isabel Rebelo Roque Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i43p110-126

Palavras-chave:

Renzo Rossellini, Roberto Rossellini, Processos de criação, Cinema neorrealista, Música para cinema

Resumo

O cineasta italiano Roberto Rossellini foi, de todos os cineastas neorrealistas, quem levou ao cinema de ficção a estética documental em sua maior radicalidade. Em sua “trilogia da guerra”, constituída por Roma, cidade aberta, Paisà e Alemanha, ano zero, essa estética documental deriva em grande medida do uso de atores não profissionais, recrutados entre a população local, e da filmagem em locação.  Na trilogia e em vários de seus filmes, anteriores e posteriores, seu irmão mais novo, o compositor Renzo Rossellini, assina as trilhas sonoras. No presente artigo, discutiremos os processos de criação e as escolhas estéticas de um e de outro, de modo a evidenciar o quanto, frequentemente, parecem chocar-se ou no mínimo sobrepor-se. Tomando por objeto o trabalho desenvolvido por ambos em Alemanha, ano zero, apresentaremos como ponto fulcral um gráfico – por nós elaborado – em que relacionaremos cinquenta e cinco sequências fílmicas à respectiva banda sonora, como meio de demonstrar nossa tese.

 

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Biografia do Autor

  • Isabel Rebelo Roque, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Doutoranda na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 

Referências

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Ficha técnica resumida de Alemanha ano zero

ALEMANHA ano zero (Germania anno zero / Deutschland im Jahre Null). Direção e produção: Roberto Rossellini. País: Itália. Ano: 1948. Duração: 71 min. P & b.

Assistentes de direção: Carlo Lizzani, Max Colpet (Franz Treuberg).

Roteiro: Roberto Rossellini e Carlo Lizzani, com colaboração de Max Colpet.

Fotografia: Robert Juillard.

Som: Kurt Doubrawsky.

Música: Renzo Rossellini, regida por Edoardo Micucci.

Edição: Anne-Marie Findeisen. [Versão italiana: Eraldo Da Roma.]

Supervisão e diálogos na versão italiana: Sergio Amidei.

Produção: Teverfilm [Rossellini e Alfredo Guarini], em colaboração com Salvo d’Angelo Produzione-SAFDI [Berlim]-Union Générale Cinématographique [Paris], com colaboração técnica de DEFA [Berlim].

Elenco: Edmund Meschke (Edmund Koehler), Ernst Pittschau (pai), Ingetraud Hintze (Eva, a irmã), Franz Krüger (Karl-Heinz, o irmão), Erich Gühne (Henning, o professor), Jo Herbst (Jo, o adolescente golpista), Christl Merker (Christl, a adolescente golpista).

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Publicado

2021-07-26

Como Citar

Roque, I. R. (2021). De Rossellini a Rossellini: dois processos de criação que se sobrepõem. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 43, 110-126. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i43p110-126