Representação e poder: a mulher que falou através de Apolo em Histórias de Heródoto

Autores

  • Isabela Casellato Torres Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2177-4218.v11i1p159-178

Palavras-chave:

História de gênero, Conflitos bélicos, Heródoto

Resumo

A obra Histórias, produzida no século V a.C. por Heródoto de Halicarnasso, é o único escrito do chamado “Pai da História” que chegou até a contemporaneidade. O autor viveu em torno de 480 até aproximadamente 425 a.C. Em Histórias, aborda muito além das Guerras Greco-Pérsicas, cujo relato é o mais substancial na posteridade. Heródoto descreve, dentro deste contexto, as representações de atuações de mulheres gregas e persas como conselheiras de assuntos bélicos junto aos seus maridos e/ou demais personagens masculinos próximos. Nesse sentido, temos como hipótese que o autor grego coloca mulheres gregas e persas no mesmo patamar de atuação: de mantenedoras da ordem político-social. Analisaremos como a historiografia atual compreendeu o lugar do feminino na obra de Heródoto, dialogando com estudo de caso presente no documento, nesse artigo, a profetisa Pítia.

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Biografia do Autor

  • Isabela Casellato Torres, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)

    Mestranda CAPES no programa de pós-graduação na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais/UNESP Campus Franca - SP, orientada pela Profa. Dra. Margarida Maria de Carvalho.

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Publicado

2020-09-28

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Representação e poder: a mulher que falou através de Apolo em Histórias de Heródoto. (2020). Mare Nostrum, 11(1), 159-178. https://doi.org/10.11606/issn.2177-4218.v11i1p159-178