Rostos desfigurados: repúdio de imagens no espaço público
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i1p279-302Palavras-chave:
Retrato, desfiguração, propaganda, Bergson, imagemResumo
Este artigo é sobre experienciar imagens como processo imagético interativo, como apontado por Bergson no livro Matéria e Memória, por meio de um aspecto dúbio do retrato fotográfico, em termos da sua recepção repudiada no espaço público. Apresentamos uma série de fotografias de quatro cidades latino-americanas que retratam rostos desfigurados intencionalmente. Recorrendo aos estudos de Deleuze, Bergson, Benjamin e Barthes, apontamos essas fotografias como testemunho documental de diferentes reações. As fotografias nos incitam a ir além do que os rostos desfigurados significam como signos icônicos, para serem vistas como indícios da interação dinâmica entre os retratos e os agentes desfigurantes anônimos, como uma imagem.
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