Perversão clean na cultura do consumo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i1p49-70Palavras-chave:
Psicanálise, perversão, capitalismo comunicacional, cultura do consumo, pulsõesResumo
A cultura contemporânea é montagem perversa, na medida em que busca liberar o sujeito egoísta para o mundo do sensível e da pulsão. Durante o século XX, houve crescente liberação das pulsões, estabelecendo-se uma ligação entre o neurótico consumidor e o perverso puritano. Busca-se a perversão, mas permanecendo-se clean, exigindo, para tal, batidas musicais pulsionais e substâncias variadas com graus entre o neurótico consumidor pós-moderno e o perverso puritano. O resultado é a interiorização da lei de mercado a fim de buscar a satisfação das pulsões, desligando quando possível a função sujeito. Para entender as transformações da cultura comunicacional da cidade perversa, é preciso uma teoria psicanalítica das pulsões e das paixões.
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