Formas sociais, comunicação e tipificações do afeto numa torcida de futebol
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v14i2p241-259Palavras-chave:
Futebol, Clube do Remo, Barra brava, Socialidade, SensibilidadeResumo
O artigo apresenta os resultados de uma etnografia dos processos comunicacionais presentes numa torcida de futebol, a barra brava Camisa 33, do Clube do Remo, de Belém-PA. A partir de uma proposição de diálogo entre Antropologia e Comunicação, baseando-se nos estudos de Alfred Schutz e Georg Simmel, buscou-se compreender os processos intersubjetivos manifestos por meio dos afetos e sensibilidades experienciados pela torcida e expressos por meio de formas sociais. Buscou-se realizar uma análise dos processos socioculturais comunicativos com o objetivo de compreender a construção social das sensibilidades e a produção de sentidos sensíveis que envolvem os torcedores da equipe.
Downloads
Referências
Alabarces, P. (2005). Hinchadas. Prometeo.
Clifford, J. (1998). Sobre a alegoria etnográfica. In J. Clifford, A experiência etnográfica: Antropologia e literatura no século XX (pp. 63-99). Ed. UFRJ.
Clifford, J., & Marcus, G. E. (1986). Writing culture: The poetics and politics of ethnography. University of California Press.
Costa, F. (2007). Enciclopédia do futebol paraense (4a ed.). Cabano.
DaMatta, R. (1978). O ofício de etnólogo, ou como ter “anthropological blues”. In E. O. Nunes (Org.), A aventura sociológica (pp. 23-35). Zahar Editores.
DaMatta, R. (1982). Universo do futebol: Esporte e sociedade brasileira. Pinakotheke.
Damo, A. (2005). Dom à profissão: Uma etnografia do futebol de espetáculo a partir da formação de jogadores no Brasil e França [Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Repositório digital da UFRGS. https://bit.ly/2GaQ8SX
Elias, N., & Dunning, E. (1985). The quest for excitement. Blackwell.
Foucault, M. (1993). A vontade de saber: História da sexualidade (Vol. I). Graal.
Foucault, M. (2002). A ordem do discurso (8ª ed.). Edições Loyola.
Foucault, M. (2010). Vigiar e punir. Petrópolis.
Gastaldo, E. (2014). Estudos sociais do esporte: Vicissitudes e possibilidades de um campo em formação. Logos: Comunicação & Universidade, 17(2), 6-15. http://www.doi.org/10.12957/logos.2010.853
Geertz, C. (1989). A interpretação das culturas. LTC.
Granovetter, M. (1973). The strength of weak ties. American Journal of Sociology, 78(6), 1930-1938. https://doi.org/10.1086/225469
Hanks, W. F. (2013). Counterparts: Copresence and ritual intersubjectivity. Language and Communication, 33(3), 263-277. https://doi.org/10.1016/j.langcom.2013.07.001
Houaiss, A. (2000). Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Objetiva.
Lévi-Strauss, C. (1971). Introducción a la obra de Marcel Mauss. In M. Mauss, Sociologia y antropologia (pp. 13-42). Editorial Tecnos.
Maffesoli, M. (1996). No fundo das aparências. Vozes.
Maffesoli, M. (1998). Elogio da razão sensível. Vozes.
Maffesoli, M. (2003). O conhecimento comum: Compêndio de sociologia compreensiva. Brasiliense.
Maffesoli, M. (2010). No fundo das aparências. Vozes.
Moran, J. M. (1994). Interferências dos meios de comunicação no nosso conhecimento. Intercom - Revista Brasileira de Comunicação, 17(2), 38-49. https://bit.ly/2QydCmZ
Ortner, B. (1996). Making gender: The politics and erotics of culture. Beacon Press.
Palhares, M. F. S., Cabrera, N., & Schwartz, G. M. (2014). Notes for a comparative study between football fan groups from Brazil (torcidas organizadas) and Argentina (hinchadas). Movimento, 20(Esp.), 163-176. https://bit.ly/2YMtYN5
Peirano, M. (1995). A favor da etnografia. Relume-Dumará.
Schutz, A. (1967). The phenomenology of the social world. Northwestern University Press.
Schutz, A. (1976a). Equality and the social meaning structure. An essay in social psychology. In A. Schutz, Collected Papers (Vol. II) (pp. 226-273). Martinus Nijhoff.
Schutz, A. (1976b). The stranger: An essay in social psychology. In A. Schutz, Collected Papers (Vol. II) (pp. 91-105). Martinus Nijhoff.
Schutz, A. (1978). Phenomenology and sociology. Penguin Books.
Schutz, A. (1979). Fenomenologia e relações sociais. Zahar.
Schutz, A. (1996a). Political economy: Human conduct in social life. In A. Schutz, Collected Papers (Vol. IV) (pp. 93-105). Kluwer Academic Publishers. Schutz, A. (1996b). Outline of a theory of relevance. In A. Schutz, Collected Papers (Vol. IV) (pp. 3-5). Kluwer Academic Publishers.
Schutz, A. (2012). Sobre fenomenologia e relações sociais. Vozes.
Simmel (1983). O problema da sociologia. Ática.
Simmel, G. (1999). Sociologie: Etudes sur les formes de lasocialization. Presses Universitaires de France.
Simmel, G. (2006). Questões fundamentais da sociologia. Zahar.
Sodré, M. (2002) Antropológica do espelho: Uma teoria da comunicação linear e em rede. Vozes.
Velho, G. (2009). Urban anthropology interdisciplinarity and boundaries of knowledge. Vibrant, 8(2), 452-479. https://doi.org/10.1590/S1809-43412011000200023
Weber, M. (2004). Economia e sociedade: Fundamentos da sociologia compreensiva (Vol. 1.). UnB/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.