O que é Glocal? Sistematização conceitual e novas considerações teóricas sobre a mais importante invenção tecnocultural da civilização mediática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v16i2p45-68

Palavras-chave:

Civilização mediática, Fenômeno glocal, Condição glocal

Resumo

O artigo apresenta as características fundamentais do fenômeno da glocalização, desde suas origens tecnológicas mais remotas até suas manifestações digitais atuais. Glocal – nem global, nem local, antes mescla de ambos, sem redução a nenhum – se refere, nesta reflexão, a processos e tendências observados no rastro irreversível da comunicação eletrônica em tempo real. Abarcando o tema por dupla dimensão – epistemológica e empírica –, a argumentação apreende a significação social-histórica do glocal e da glocalização, com foco em seu modus operandi, em sua diversificação interna e em suas consequências multilaterais. A reflexão soma novos aspectos a respeito para enriquecer a tese da glocalização como processo civilizatório e como modo de reprodução do capitalismo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Eugênio Rondini Trivinho, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Coordenador Geral do Centro Interdisciplinar de Pesquisa em Comunicação e Cibernética (Cencib) nessa instituição e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Referências

Agamben, G. (2005). O que é um dispositivo? Outra Travessia, (5), 9-16. https://bit.ly/35P8jdN

Agamben, G. (2006). Che cosè un dispositivo? Nottetempo.

Agamben, G. (2009). O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Argos.

Bergson, H. (2006). Duração e simultaneidade. Martins Fontes.

Bourdieu, P. (1982). A economia das trocas simbólicas. Perspectiva.

Bourdieu, P. (1983). Pierre Bourdieu: Sociologia (R. Ortiz, Org.). Ática.

Bourdieu, P. (2002). O poder simbólico (pp. 59-73). Bertrand Brasil.

Bourdieu, P. (2005). Razões práticas: Sobre a teoria da ação (7a ed.). Papirus.

Breton, P. (s.d.). A utopia da comunicação. Instituto Piaget.

Breton, P., & Proulx, S. (1991). L’explosion de la communication : La naissance d’une nouvelle idéologie (Col. Sciences et Société). La Découverte; Boréal.

Deleuze, G. (1991). Foucault. Brasiliense.

Deleuze, G. (1996). O mistério de Ariana. Veja; Passagens.

Deleuze, G. (1999). Que és un dispositivo? In E. Balibar, H. Dreyfus, G. Deleuze, R. Machado, G. Lebrun, J.-A. Miller, F. Wahl, M. Frank, M. Morey, D. Hollier, W. Seitter, R. Bellour, F. Ewald, P. Macherey, B. Barret-Kriegel, M. Donnelly, A. Pizzorno, J. Rajchman, P. Hadot, C. Jambet, ... P. Veyne, Michel Foucault, filósofo (pp. 155-163). Gedisa.

Ferrara, L. A. (2007). Espaços comunicantes. Annablume.

Ferrara, L. A. (2008). Comunicação espaço cultura. Annablume.

Foucault, M. (1982). Microfísica do poder (3a ed.). Graal.

Foucault, M. (1987). Vigiar e punir. Vozes.

Foucault, M. (2004). A hermenêutica do sujeito. Martins Fontes.

Foucault, M. (2005). História da sexualidade I: A vontade de saber (16a ed.). Graal.

Foucault, M. (2008a). Segurança, território e população: Curso no Collège de France (1977-1978). Martins Fontes.

Foucault, M. (2008b). Nascimento da biopolítica: Curso no Collège de France (1978-1979). Martins Fontes.

Foucault, M. (2016). Subjetividade e verdade. Martins Fontes.

Kosik, K. (1976). Dialética do concreto (2a ed.). Paz e Terra.

Marx, K. (1983). O capital: Crítica da economia política (Col. Os economistas). Abril Cultural.

Marx, K. (2005). Manifesto comunista. Boitempo.

Robertson, R. (1994). Globalisation or glocalisation? Journal of International Communication, 1(1), 33-52. https://doi.org/10.1080/13216597.2012.709925

Robertson, R. (1995). Glocalization: Time-space and homogeneity-heterogeneity. In M. Featherstone, S. Lash, & R. Robertson (Eds.), Global modernities (pp. 25-44). Sage.

Robertson, R. (2002). Le dimensioni della cultura globale. In E. Batini & R. Ragionieri (Eds.), Culture e conflitti nella globalizzazione (pp. 17-30). Leo S. Olschki.

Robertson, R., & White, K. E. (2003). Globalization: An overview. In R. Robertson & K. E. White (Eds.), Globalization: Critical concepts in sociology (v. 1, pp. 1-44). Routledge.

Sartre, J.-P. (2015). O que é a subjetividade? Nova Fronteira.

Sedda, F. (Org.). (2004). Glocal: Sul presente a venire. Luca Sossella.

Trivinho, E. (2007). A dromocracia cibercultural: Lógica da vida humana na civilização mediática avançada (Col. Comunicação). Paulus.

Trivinho, E. (2012). Glocal: Visibilidade mediática, imaginário bunker e existência em tempo real. Annablume.

Trivinho, E. (2014). A condição glocal: Reconfigurações tecnoculturais, sociopolíticas e econômico-financeiras na civilização mediática avançada. Annablume; Fapesp.

Virilio, P. (1984). L’horizon négatif: Essai de dromoscopie. Galilée.

Virilio, P. (1993a). O espaço crítico. Ed. 34.

Virilio, P. (1993b). A inércia polar. Dom Quixote.

Virilio, P. (1995). La vitesse de libération. Galilée.

Wiener, N. (1948). Cybernetics. MIT Press.

Wiener, N. (1996). Cibernética e sociedade: O uso humano de seres humanos (15a ed.). Cultrix.

Žižek, S. (2003). Bem-vindo ao deserto do real. Boitempo.

Publicado

2022-09-02

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Trivinho, E. R. (2022). O que é Glocal? Sistematização conceitual e novas considerações teóricas sobre a mais importante invenção tecnocultural da civilização mediática. MATRIZes, 16(2), 45-68. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v16i2p45-68