A terra, as pedras, as montanhas nevadas e o sol na peregrinação anual ao Senhor de Qoyllurit’i. É possível um compromisso ético-semiótico com o meio ambiente?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v18i3p283-302

Palavras-chave:

Peregrinação, rituais religiosos, ambiente, ética, Qoyllurit’i

Resumo

Perguntar sobre o futuro da semiótica exige, agora mais do que nunca, olhar para as urgências das nossas sociedades contemporâneas. A partir de um interesse pelo estudo de práticas sociais religiosas de grande magnitude, complexidade e relevância no Peru, como a peregrinação ao Santuário do Senhor de Qoyllurit’i, nos perguntamos até que ponto a semiótica nos oferece ferramentas para um compromisso ético com o meio ambiente. Para isso, destacaremos quatro figuras da Natureza: a terra, as pedras, as montanhas nevadas e o sol que são parte essencial dos rituais de peregrinação. A ética ecológica da cultura andina quíchua nos oferece uma maneira de propor um compromisso ético com a nossa disciplina.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Celia Rubina Vargas, Pontificia Universidad Católica do Peru

    Doutora em Ciências da Linguagem pela Universidade de Toulouse e professora do Departamento de Comunicações da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP). Suas pesquisas são do campo da semiótica do discurso, da cultura e das artes visuais. Seu interesse mais recente é nas práticas religiosas andinas.

Referências

Ballón, E. (2006). Tradición oral peruana: Literaturas ancestrales y populares (Vol. 1). Fondo Editorial de la Pontificia Universidad Católica del Perú.

Blanco, D. (2012). Vigencia de la semiótica y otros ensayos. Fondo Editorial de la Universidad de Lima.

Casallo Mesías, V. F. (2024). Una exploración fenomenológica del potencial de renovación ético-cultural en prácticas religiosas tradicionales. In F. C. Merrifield (Coord.), Fronteras del pensamiento y actualidad en Latinoamérica (pp. 324-349). AUSJAL; Universidad Iberoamericana.

Cerrón-Palomino, R. (1994). Quechua Sureño. Diccionario Unificado. Biblioteca Básica Peruana; Biblioteca Nacional del Perú.

Courtés, J. (1991). Analyse sémiotique du discours: De l’énoncé à l’énonciación. Hachette.

Gow, D. D. (1974). Taytacha Qoyllur Rit’i: Rocas y bailarines, creencias y continuidad. Allpanchis, 6(7), 49-100. https://doi.org/10.36901/allpanchis.v6i7.932

Gow, R., & Condori, B. (1982). Kay Pacha. Centro de estudios Andinos Bartolomé de las Casas.

Greimas, A. J. (1986). Sémantique structurale. Presses Universitaires Franҫaises.

Greimas, A. J., & Courtes, J. (1986). Sémiotique: Dictionnaire raisonné de la théorie du langage (Tome 2). Hachette.

Haberman, D. L. (Ed.). (2021). Understanding climate change through religious lifeworlds. Indiana University Press.

Landowski, E. (2010). Presencias del otro (Desiderio Blanco, Trad.). Fondo Editorial de la Universidad de Lima.

Mejía Castro, M. (2021). Qoyllurit’i: Los hijos de la montaña sagrada. Apu.

Mendoza, Z. (2010). La fuerza de los caminos sonoros: Caminata y música en Qollurit’i. Anthropologica, 28(28), 15-38. https://doi.org/10.18800/anthropologica.201001.002

Mujica Bermúdez, L. (2017). Pachamama Kawsan: Hacia una ecología andina. Instituto de Ciencias de la Naturaleza, Territorio y Energías Renovables (Inte-PUCP).

Ramírez, J. A. (1969). La novena al Señor de Qoyllur Rití. Allpanchis, 1(1), 61-88. https://doi.org/10.36901/allpanchis.v1i1.316

Rubina, C., & Kanashiro, L. (2015). El Perú a través de sus discursos: Oralidad, textos e imágenes desde una perspectiva semiótica. Fondo Editorial de la Pontificia Universidad Católica del Perú.

Salas Carreño, G. (2021). Climate change, moral meteorology, and local measures at Quyllurit’i, a highland Andean shrine. In D. L. Haberman (Ed.), Understanding climate change through religious lifeworlds (pp. 44-76). Indiana University Press.

Publicado

2024-12-31

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Rubina Vargas, C. (2024). A terra, as pedras, as montanhas nevadas e o sol na peregrinação anual ao Senhor de Qoyllurit’i. É possível um compromisso ético-semiótico com o meio ambiente?. MATRIZes, 18(3), 283-302. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v18i3p283-302