Vivências diaspóricas em comunidades quilombolas

empoderamento, autorreflexão e novas sociabilidades na comunidade Rio dos Macacos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v10i3p203-216

Palavras-chave:

Diáspora negra, comunidades quilombolas, comunicação, novas sociabilidades, Stuart Hall

Resumo

De que forma o processo de empoderamento na comunidade quilombola Rio dos Macacos gerou capacidade autorreflexiva e novas sociabilidades? Propomos esta reflexão à luz do pensamento de Stuart Hall. Consideramos que as comunidades quilombolas recorrem a um acúmulo de experiências diaspóricas para fortalecer o movimento de resistência. No processo de empoderamento da comunidade Rio dos Macacos, percebemos a capacidade autorreflexiva nos relatos, documentos e na campanha “Somos todos Rio dos Macacos”. Novas sociabilidades foram estabelecidas, tanto na campanha, em 2012, quanto na delimitação oficial do território como comunidade remanescente de quilombo, em 2015.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Juliana Cézar Nunes, Universidade de Brasília. Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Brasília – DF
    Jornalista e mestra em comunicação Social pela Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Comunicação
  • Dione Oliveira Moura, Universidade de Brasília. Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Brasília – DF
    Professora Doutora da Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Comunicação.

Referências

ANJOS, R. S. A. dos. Territorialidade quilombola: fotos & mapas. Brasília, DF: Mapas Editora & Consultoria, 2011.

CLAVELIN, I. C. Racismo em pauta: a pluralidade confrontada no noticiário da Folha de S. Paulo na década de 2000. 2011. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2011.

FERREIRA, R. A. Quando a imprensa branca fala da gente negra: visão eurocêntrica da imprensa na cobertura de afrodescendentes. In: CARRANÇA, F.; BORGES, R. da S. Espelho infiel: o negro no jornalismo brasileiro. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Sindicato dos Jornalistas do Estado São Paulo, 2004. p. 19-27.

HALL, S. Identidade cultural e diáspora. Revista do IPHAN, Brasília, DF, n. 24, p. 68-75, 1996.

______. The centrality of culture: notes on the cultural revolutions of our time. In: THOMPSON, K. (Ed.). Media and cultural regulation. London: Thousand Oaks; New Delhi: The Open University; Sage Publications, 1997. p. 207-238.

______. Que “negro” é este na cultura negra? In: SOVIK, L. (Org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG; Brasília, DF: UNESCO, 2003a. p. 317-330.

______. Pensando a diáspora: reflexões sobre a terra no exterior. In. SOVIK, L. (Org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília, DF: Representação da UNESCO no Brasil, 2003b. p. 25-50.

______. The problem of ideology: marxism without guarantees. In: MORLEY, D.; KUAN-HSING, C. (Eds.). Stuart Hall: critical dialogues in cultural studies. Nova Iorque: Taylor & Francis e-Library, 2005. p. 24-45

INCRA. Relatório Técnico de Identificação e Delimitação da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos.

FORTES, M.E.P. Salvador, Bahia, 2012.

INCRA reconhece área da comunidade quilombola Rio dos Macacos, na BA. G1 BA, Salvador, 18 nov. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/11/incra-reconhece-area-da-comunidade-quilombo-la-rio-dos-macacos-na-ba.html>. Acesso em: 31 jul. 2016.

MACA, N. Guerra preta estratégia quilombola. 2008. Disponível em http://gramaticadaira.blogspot.com.br/2008/04/2008-o-ano-da-gramtica-da-i-ra.html. Acesso em 03 de dez. 2016.

MOURA, C. Quilombos: resistência ao escravismo. 3. ed. São Paulo: Ática, 1987.

MOURA, D. O. A construção da memória e da identidade em filmes de cineastas negros brasileiros. 1990. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 1990.

MOURA, D. O.; FIGUEIREDO, V.; NUNES, J. C. Mídias sociais como plataformas contra o excesso de esquecimento coletivo. In: MOURA, D. O. et al. (Orgs.). Jornalismo e literatura: aventuras da memória. Brasília, DF: UnB, 2014. p. 169-184.

MOURA, G. Festa dos quilombos. Brasília, DF: UnB, 2012.

NUNES, J. C. Comunicação quilombola: cenários de mobilização, visibilidade e empoderamento. 2013. 136 f., il. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2013.

QUILOMBO RIO DOS MACACOS. [Carta] 5 mar. 2012, Bahia [para] POVO BRASILEIRO. Apelo nacional dos quilombolas do Brasil.

SÁ, C. No ritmo atual, titulação de terras quilombolas levará mais de 150 anos. Último Segundo, 20 nov. 2013. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-11-20/no-ritmo-atual-titulacao-de-terras-quilom-bolas-levara-mais-de-150-anos.html>. Acesso em: 31 jul. 2016.

SCHERER-WARREN, I. Redes de movimentos sociais na América Latina: caminhos para uma política emancipatória? Cadernos do CRH, Salvador, v. 21, n. 54, p. 505-517, 2008.

SOVIK, L. Os projetos culturais e seu significado social. Galáxia, São Paulo, v. 14, n. 27, p. 172-182, jan./jun., 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1982-25542014110411

ZAGATTO, B. P. Relatório Antropológico da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos. Simões Filho, BA: Prefeitura Municipal de Simões Filho, 2012.

Publicado

2016-12-23

Edição

Seção

Stuart Hall e as margens

Como Citar

Vivências diaspóricas em comunidades quilombolas: empoderamento, autorreflexão e novas sociabilidades na comunidade Rio dos Macacos. (2016). MATRIZes, 10(3), 203-216. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v10i3p203-216