Je me révolte donc je est un autre - La place de l'autre dans La chute, d'Albert Camus
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v2i4p146-160Palavras-chave:
Albert Camus, A queda, Charles Baudelaire, dândi, flâneurResumo
Cet article a pour but de proposer une introduction à La chute, d’Albert Camus à partir de la figuration de l’autrui dans le discours du protagoniste Jean-Baptiste Clamence. Sa confession calculée est constituée d’anecdotes et de mise en scènes qui illustrent plusieurs expériences de l’absurdité. Elle se compose aussi à partir de plusieurs intertextes qui se font voir de manière implicite et explicite au long du récit. Parmi ces références, les voix du dandy et du flâneur baudelairien sont l’une des principales manifestations du caractère ironique de ce texte.
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