Seriam os dados sublimes?
Uma visita crítica à exibição The Glass Room
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2018.149040Palavras-chave:
Estética, Big data, Consumo, Identidade, PrivacidadeResumo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a experiência estética proporcionada pela exibição The Glass Room, realizada em Londres, que trata dos dados monitorados a partir dos consumos e usos de serviços online e reorganizados como big data na produção de perfis comportamentais dos usuários. Como metodologia, escolhemos a observação participante, realizada no dia 22 de novembro de 2017, bem como a construção de um percurso teórico-metodológico para a reflexão de aspectos da exibição no que toca a estetização no estágio do capitalismo artista, a partilha do sensível, a estética monstrutivista na construção de identidades digitais e o papel dos registros como modus operandi das obras analisadas. No final deste percurso, propomos que os dados apresentados na exibição atingem a proposição kantiana de sublime e abordamos os desdobramentos de sua grandeza para os visitantes.
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