Representações identitárias em disputa em um mundo em transformação
uma análise dos filmes A forma da água, Pantera Negra e Uma mulher fantástica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2019.150375Palavras-chave:
Representação, Audiovisual, Identidades, Disputas Culturais, Lugar de Fala.Resumo
Neste artigo, apresentamos análises sintéticas de três exemplos fílmicos recentes: A forma da água (EUA, 2017), Pantera Negra (EUA, 2018) e Uma mulher fantástica (Chile, 2017), por compreender que todos são narrativas exemplares para pensarmos como, na contemporaneidade, eixos identitários se colocam como centrais nas disputas por representação e práticas sociais. Entendemos que os três filmes possibilitam uma reflexão sobre questões fundamentais no campo cultural, como hibridismos, estereótipos, lugar de fala, silenciamento, exclusão e representatividade, dentre outros tropos. Partilhamos a concepção de que, mesmo dentro de um setor mainstream de produção industrial, é possível disputar, via narrativas, o direito a significar e a construir sentidos para experiências de reapropriação em que a identificação, no que diz respeito ao pertencimento identitário, seja complexificada e positivada.
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