As carimbozeiras Sereias do Mar de Vila Silva: um percurso fotoetnográfico

Autores

  • Roberta Brandão Universidade Federal do Pará
  • Marina Ramos Neves de Castro Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2023.197975

Palavras-chave:

Fotoetnografia, Carimbó, Carimbozeiras, Comunidade Amazônica

Resumo

Colocamos em evidência uma narrativa, e quiçá, uma interpretação dos processos de construção de sentidos de um grupo de tocadoras de carimbó pau e corda na Amazônia — “As Sereias do Mar”, do vilarejo Vila Silva, município de Marapanim, Pará — por meio de imagens produzidas entre 2015 e 2019. Compreendemos que narrar por imagens é evidenciar compreensões e interpretações que podem ir além daquelas que a literatura nos permite alcançar. Portanto, o que aqui narramos pela construção fotoetnográfica é uma estética, um estar-junto, uma maneira de ver e sentir um mundo, que é vivenciada, construída e reverberada em uma comunidade amazônica, que se conforma e evidencia no viver o carimbó pau e corda. Narramos, por meio das imagens produzidas a partir de um relato fotoetnográfico que conformam um récit visual, certa compreensão de um mundo que se materializa na imagem e na interpretação que aqui fazemos.

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Biografia do Autor

  • Roberta Brandão, Universidade Federal do Pará

    Graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e Publicidade e Propaganda pela Estácio FAP - Faculdade do Pará, e Mestra em Comunicação e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará, UFPA.

  • Marina Ramos Neves de Castro, Universidade Federal do Pará

    Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGA da Univerisdade Federal do Pará. Mestre em Artes pelo PPGArtes do Instituto de Ciências das Artes (UFPA, 2013) e mestre em Études des Societés Latino-Americaines (option Communication et Culture) pela Université de la Sorbonne Nouvelle (Paris 3, 2003). Durante três anos seguiu os cursos de história da arte do Museu do Louvre, em Paris e, durante um ano, cursos de história da arte e das civilizações na Université de Montréal. Iniciou curso de doutorado em sociologia da cultura na Université de Sorbonne-Descartes (Paris 5), concluindo os créditos e a pesquisa de campo, mas não chegou a defender a tese. Coordenou o curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Tecnologia da Amazônia (FAZ) durante 4 anos e, também nessa instituição, os cursos de Especialização em Gestão em Comunicação e Marketing. Na FAZ ainda desenvolveu o projeto acadêmico-pedagógico "Expor-FAZ", por meio do qual professores e alunos de diferentes disciplinas desenvolveram ações de criação, produção e exposição de projetos associando história da arte e publicidade. Também atuou como professora no curso de Especialização Imagem e Sociedade, na UFPA. Como professora, a nível de graduação e pós-graduação (especialização), ministrou as disciplinas História da Arte, Estética da Comunicação e Sociologia da Comunicação. Trabalhou ainda, durante 9 anos, na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, desenvolvendo atividades junto ao Centro de Convenções, ao Departamento de Ação Cultural e, durante um ano no Museu da Imagem e do Som. Em 2012 foi responsável pela curadoria e montagem da exposição Pai d´égua Brasil em defesa do ECA, da artista plástica Lúcia Gomes.

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Publicado

2023-05-17

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

As carimbozeiras Sereias do Mar de Vila Silva: um percurso fotoetnográfico. (2023). Novos Olhares, 12(1), 117-139. https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2023.197975